Jayme Campos diz que aumento no número de acidentes também é culpa da precariedade das rodovias federais
"Ano após ano, feriado após feriado, assistimos a um verdadeiro genocídio em nossas rodovias". A constatação foi feita pelo senador Jayme Campos (DEM-MT) ao informar que houve um aumento de 20% no número de registros de acidentes nas BRs, comparando-se o feriado de Carnaval deste ano com o do ano passado. Ele observou que embora a imprudência seja um dos fatores para tal estatística, a má conservação das estradas também é responsável pelo crescimento do percentual.
Somente no Mato Grosso, estado representado pelo senador, foram registrados 75 acidentes no feriado de Carnaval, com 30 feridos e seis mortes. Jayme Campos informou que esse é o maior número de óbitos desde 2004, quando faleceram oito pessoas. Trafegar pelas rodovias federais, comentou, tornou-se uma aventura de alto risco, pois o cidadão sai de casa sem saber se voltará para o convívio dos seus familiares.
- Nossas rodovias federais, na maioria, estão em estado lastimável, com buracos que se sobrepõem quilômetros a fio, sem acostamentos, com sinalização precária e fiscalização ineficaz. No atual estágio de conservação, transformaram-se em verdadeiro calvário para seus transeuntes. Como se vê pelas estatísticas, viajar por elas é um ato de coragem e um desafio cotidiano aos piores prognósticos possíveis - afirmou Jayme Campos.
Na avaliação do senador, para resolver o problema das estradas brasileiras são necessários investimentos em tecnologia, um efetivo patrulhamento e, sobretudo, obras. Jayme Campos opinou que a mera ampliação de postos de fiscalização e balanças já implicaria em um estresse menor sobre o pavimento, e em uma redução dos buracos, já que diminuiria o número das carretas e caminhões que trafegam com peso excessivo.
Em aparte, o senador Gilberto Goellner (DEM-MT) registrou que no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva a população chegou a acreditar que as parcerias público-privadas ( PPPs) possibilitariam a recuperação da malha rodoviária brasileira. Porém, lamentou, elas não foram levadas adiante. Ele também criticou o fato de as obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estarem com cronograma atrasado.
02/03/2009
Agência Senado
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