Jefferson Praia fala sobre efeito ecológico do Pólo Industrial de Manaus



O senador Jefferson Praia (PDT-AM) comentou nesta quarta-feira (17) estudo que provaria os benefícios do Pólo Industrial de Manaus (PIM) à natureza. Coordenado pelos professores Alexandre Rivas, José Mota e José Alberto da Costa Machado, o trabalho tem como título "Impacto Virtuoso do Pólo Industrial de Manaus sobre a Proteção da Floresta Amazônica: Discurso ou Fato?"

Em edição patrocinada pela Nokia do Brasil, e prefácio da superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Grosso, os autores usam modelos matemáticos para afirmar que, sem o pólo, a população do Amazonas teria de recorrer a alternativas econômicas danosas ao meio ambiente, como a extração de madeira e a agropecuária.

Os pesquisadores avaliaram o impacto do PIM na proteção da floresta no estado do Amazonas em dois períodos distintos - até 1997 e entre 2000 e 2006. O corte nesses períodos foi feito em função dos dados disponíveis sobre desmatamento no estado que, até 1997, não apresentavam consistência, segundo Alexandre Rivas, pós-doutor em Economia Ambiental, um dos coordenadores do estudo.

Até 1997, o PIM contribuiu para redução do desmatamento no estado do Amazonasem cerca de 85%, segundo o estudo. No período de 2000 a 2006, o estudo mostrou que a pressão sobre a Floresta Amazônica diminuiu entre 70% e 77%, em razão da existência do parque industrial.

Apenas no ano passado, citou Jefferson Praia, mais de 500 empresas instaladas no PIM faturaram o equivalente a US$ 26 bilhões, geraram 105 mil empregos diretos, exportaram US$ 1,1 bilhão, investiram US$ 7 bilhões e arrecadaram R$ 12,5 bilhões em tributos. Essas atividades, frisou, reduziram significativamente o índice de devastação da floresta na região onde o pólo está instalado.

Jefferson Praia disse ainda que, de acordo com o estudo, o PIM pode ter evitado a emissão de carbono, responsável pelo chamado efeito estufa, numa faixa compreendida entre US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões no período de 2000 a 2006. O cálculo foi feito a partir do valor alcançado pelos créditos de carbono negociados nas bolsas de mudanças climáticas dos Estados Unidos e da Europa.

- Não é preciso nenhum dom especial de clarividência para imaginar quão pior teria sido o destino da floresta, do povo e da economia amazonenses se o PIM não existisse. Nesse cenário sombrio e desesperançado, a população se teria voltado para a exploração dos recursos da floresta em busca de uma sobrevivência precária, sem futuro e hostil ao meio ambiente - disse.

Jefferson Praia comunicou a apresentação de requerimento à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) convidando os autores do estudo para, em audiência pública, falar sobre trabalho e divulgar as propostas de desenvolvimento sustentável para a região amazônica.

- É necessário olhar para a frente, pois os incentivos fiscais da Zona Franca têm data certa para expirar: em 2023. As alternativas econômicas, institucionais e sociais devem ser formuladas, discutidas e implementadas desde já no marco de um debate democrático e de alto nível que encontre no Senado da República, a Casa da Federação, seu leito, seu desaguadouro e seu palco - pregou o senador.



17/09/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


Jefferson Praia destaca resultados do Pólo Industrial de Manaus

Jefferson Praia defende compensações para empresas do Pólo Industrial de Manaus que impediram desmatamento

Jefferson Praia registra debate em Manaus sobre regularização de terras na Amazônia

Polo Industrial de Manaus fatura R$ 83,28 bi em 2013

Polo Industrial de Manaus registra recordes no 1º quadrimestre

Polo Industrial de Manaus tem alta de 20,44% no faturamento de janeiro