Jonas Pinheiro, por ele mesmo



Ao assumir o mandato, o senador Jonas Pinheiro escreveu e disponibilizou em sua página na Internet uma pequena autobiografia. Nela, revela suas expectativas na infância; a carreira não imaginada; os compromissos para com os homens e as mulheres do campo e a sua visão de política - ato simples para resolver coisas e demandas igualmente simples. Abaixo, reproduzimos parágrafos do referido texto: 

Na infância

"Nos tempos de minha infância, e mesmo na minha juventude, vivendo entre pequenos agricultores e pescadores, jamais imaginei que o futuro me reservasse o privilégio de um dia poder estar num cargo de âmbito nacional, no qual eu pudesse ajudar de alguma forma aqueles conterrâneos, cujo trabalho, tão importante, é tão pouco valorizado." 

A consciência

"A consciência do fato de que há sobras em tantas mesas brasileiras, mas que falta alimento na maioria delas, faz de mim um constante e tenaz lutador para alcançar que cada homem tenha seu meio de sustento e sua dignidade respeitada, mas, principalmente, aquele pequeno produtor do campo, para que ele tenha aquilo que, por direito, lhe pertence: a recompensa pecuniária justa pelo seu trabalho, de modo que lhe seja permitido, como a outros, adquirir bens materiais para seu conforto, saúde e bem-estar, e bens psicológicos e espirituais, como a paz e a tranqüilidade, para si e sua família, coisas que constituem patrimônio da civilização e da cultura no mundo desenvolvido de hoje." 

Contra a demagogia

"Não se melhoram condições de vida de um povo apenas com frases de efeito ou com boas intenções. Devem ser postas de lado a retórica, as especulações abstratas, a declamação demagógica, e tomadas, com firmeza e conhecimento de causa, medidas severas e plausíveis, a fim de sanear esse descompasso que está havendo entre o trabalho e a renda do campo, a fim de que os problemas ali existentes sejam enfrentados com objetividade."

Das coisas simples

"O povo é simples e quer coisas simples: quer alimento, quer vestuário e quer moradia; quer também escolas e hospitais; mas, antes de tudo, o povo quer trabalho. Ao final das contas, o povo anseia, desesperadamente, por dignidade. Simples também são as coisas que o povo não quer: o povo não quer viver na miséria, não quer ser explorado, nem quer ser ludibriado com promessas que nunca se hão de cumprir." 

A sociologia do campo

"Os meus objetivos sempre foram claros e definidos. Como deputado e, atualmente, como senador, quis dispensar especial atenção aos trabalhadores do campo, pois são eles que produzem o nosso alimento. Lutei para tornar a vida rural mais produtiva e mais atraente, a fim de evitar o êxodo rural. A população rural, composta de donos de terra e de empregados rurais, cresceu mais do que o serviço de mão-de-obra no campo pôde utilizar. Assim, os mais jovens demandaram às grandes cidades do estado e até às de outras regiões do país em busca de trabalho e de uma vida mais promissora. Tenho lutado incessantemente para criar no campo novas condições de trabalho; proporcionar aos agricultores os meios e os instrumentos de produção; prestar-lhes assistência técnica; dar-lhes escolas, hospitais, crédito, estradas e diminuir, senão suprimir, os altos tributos que recaem sobre a produção e que a dificultam diretamente."

20/02/2008

Agência Senado


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