Jorge Viana apoia ofensiva do governo contra juros altos



O senador Jorge Viana (PT-AC) elogiou em Plenário nesta quarta-feira (11) a decisão do governo federal de baixar os juros praticados pelos bancos públicos e postura no sentido de pressionar as demais instituições financeiras a adotar medidas semelhantes para facilitar o crédito e favorecer o crescimento econômico.

- Se quisermos consolidar o Brasil, como bem falou a presidente Dilma, como país de classe média, não há como fazermos isso sem uma política de empréstimo, sem uma política de taxas bancárias, sem uma política de juros bancários adequada, para que tanto os empreendedores possam acessar o crédito razoável como também o cidadão comum para adquirir bens que movimentam a economia – propôs.

Jorge Viana reclamou que, no Brasil, habitualmente “os bancos emprestam para quem já tem dinheiro”. Conforme o senador, o governo, por meio do Ministério da Fazenda, vem questionando a razão de o spread bancário continuar subindo, a despeito de a inflação estar sob controle, convergindo para o centro da meta, e de a taxa Selic ter trajetória de queda. A conclusão do senador é de que está se praticando, no país, uma espécie de “agiotagem institucionalizada”, o que considera inaceitável.

Jorge Viana atribuiu o baixo crescimento do produto interno bruto (PIB) brasileiro em 2011 – de 2,7% – à falta de um crédito mais atrativo para o cidadão comum.

- O crédito é muito difícil para aquele que quer começar uma atividade econômica, que quer ajudar [a fomentar] o crescimento de um município, de um estado ou mesmo do Brasil – declarou, lembrando que as taxas de juros do país são as mais altas do mundo, uma verdadeira “extorsão”.

O senador foi enfático ao dizer que as medidas adotadas pelo governo para desonerar impostos e aumentar a competitividade da indústria brasileira tornam-se inócuas diante do custo do crédito para o cidadão adquirir um bem. O senador mencionou reunião entre o governo e o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que teria apresentado uma série de condicionantes para diminuir os juros bancários.



11/04/2012

Agência Senado


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