Jovens do Tocantins querem escolas profissionalizantes, diz Quintanilha



O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) comentou, nesta terça-feira (24), em Plenário, pesquisa realizada pelo governo do Tocantins com o objetivo de traçar o perfil dos jovens do estado. Entre outras demandas, o estudo apontou a necessidade de implantação de cursos profissionalizantes, como forma de oferecer mais oportunidades de emprego e possibilitar a inserção social da população mais jovem, disse o senador.

A pesquisa, denominada Perfil da Juventude, apontou as aspirações e as necessidades dos jovens de Tocantins, na faixa etária de 15 a 29 anos. O estudo foi realizado em 122 municípios e ouviu 21.264 pessoas, das quais 77% defenderam a criação de cursos profissionalizantes como uma das principais ações a serem executadas pelo governo estadual. O levantamento dividiu os entrevistados em três faixas de idade: de 15 a 19 anos, de 20 a 25 anos e de 26 a 29 anos.

Na análise de Quintanilha, a pesquisa demonstra que o jovem do Tocantins quer estudar, trabalhar e contar com uma profissão ou atividade com especialização que agregue valor e traga benefícios à comunidade. Segundo ele, projetos de escolas técnicas estão sendo efetivados em Palmas, Paraíso, Porto Nacional e Araguaína, mas isso tem sido insuficiente para atender a demanda por aprendizado.

- Nossos rapazes e moças querem um plano de desenvolvimento que eleve o padrão de vida e de trabalho da população. Querem uma estratégia de desenvolvimento que gere empregos, propicie avanços tecnológicos e melhore o nível educacional, pois a juventude tocantinense precisa de novas oportunidades para garantir o seu futuro - disse.

A pesquisa mostrou que, dos 21.264 jovens entrevistados, menos de 25% trabalham com carteira assinada; 2,92% são analfabetos; 37,18% não completaram o ensino fundamental; 32,1% não concluíram o ensino médio e outros 2,92% não finalizaram o ensino superior. O levantamento indica, porém, que 94,02% dos jovens que não concluíram os estudos pretendem continuar em sala de aula. E que os demais 5,98% reclamam da falta de recursos para se manterem na escola.

A pesquisa também apontou que 80,32% dos jovens entrevistados não participam de atividades culturais e que apenas 6% são filiados a algum partido político.

- Em pleno século 21, é fundamental que utilizemos os recursos da ciência e da tecnologia como forma de inclusão social para dar oportunidade aos mais pobres e necessitados, para combater, fortemente, o desemprego. Precisamos corresponder aos anseios de nossa juventude, pois 70,37% dos entrevistados afirmaram que gostariam de realizar um curso. E 77% buscam por cursos profissionalizantes, mas não têm oportunidade para tanto - registrou.



24/04/2007

Agência Senado


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