JUCÁ DEFENDE PROGRAMA AGRESSIVO PARA AUMENTAR EXPORTAÇÕES
Jucá concordou com os economistas que afirmam que a balança comercial é o principal componente das contas externas que tem a capacidade de compensar a evasão de divisas resultante do pagamento de juros e lucros aos agentes econômicos internacionais. Para exemplificar, o senador lembrou os números do fechamento das contas externas em 1998, quando o país teve um déficit de US$ 6,4 bilhões nas transações comerciais.
- Todavia, apesar desse resultado claramente negativo, segundo algumas previsões macroeconômicas que podem ser realistas, em curto espaço de tempo, ou seja, no máximo em três anos, a economia brasileira tem todas as condições de dar uma grande volta por cima em seu desempenho internacional e fechar o exercício de 2002 com um superávit bastante significativo, que poderá ficar em torno de US$ 13,4 bilhões - calculou o senador.
Para Jucá, este acontecimento poderia ser visto como o início de uma ampla recuperação das contas externas, que incluem o item "serviços", onde estão embutidos remessas de lucros e pagamento de juros. "Para conseguir equilibrar a médio prazo as suas contas externas, o Brasil precisa começar a apresentar saldos elevados em sua balança comercial, ou seja, saldos capazes de igualar ou mesmo superar as outras despesas internacionais que precisam também ser controladas e diminuídas, reduzidas a um nível aceitável de cerca de 2,5% do Produto Interno Bruto", assinalou.
Jucá acredita que a economia brasileira tem todas as condições para realizar o que a Coréia do Sul e outros países asiáticos conseguiram com as exportações. O senador lembrou ainda que existem previsões apontando para o investimento, neste ano, de R$ 23 bilhões na cadeia produtiva brasileira por empresas multinacionais e que, nos próximos anos, o país receberá cerca de US$ 10 bilhões em investimentos industriais. "Talvez estejamos começando a viver uma nova etapa de substituição de importações ou simplesmente procurando sobreviver de qualquer jeito diante de tão grave crise", ressaltou.
08/10/1999
Agência Senado
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