JÚLIO DEFENDE CÂMARA SETORIAL PARA BORRACHA



A criação de uma câmara setorial de incentivo à produção de borrachanatural foi defendida pelo senador Júlio Campos (PFL-MT), com o argumento de que "os seringueiros se ressentem da falta de uma estrutura específica no aparelho estatal para discutir os problemas do setor".

Depois de observar que o látex da seringueira é um produto estratégico no mercado internacional, o senador disse que, para que o Brasil alcance auto-suficiência desse produto, precisa dobrar a atual área dos seringais.

Júlio Campos também manifestou seu apoio a proposta apresentada pelos seringueiros e pelas indústrias de pneumáticos, principais consumidores do produto, no sentido de tornar o preço da borracha nacional mais competitivo. Eles pedem que o governo abra mão da porcentagem de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) recolhido pelos fabricantes de pneus.

Para o senador, essa renúncia fiscal seria exatamente igual à diferença paga a mais na compra da borracha brasileira e corresponderia a menos de 10% do IPI atualmente arrecadado junto ao setor. Na sua opinião, "além de garantir condições de sobrevivência e de expansão à heveicultura brasileira, tal medida diminuiria o déficit de balança comercial e criaria cerca de 70 mil empregos diretos, fixando no campo esses trabalhadores e suas famílias".

Júlio Campos destacou que os heveicultores vêm investindo na ampliação de suas plantações, "mas sentem-se inseguros diante das perspectivas de terem de reduzir mais o preço do seu produto, tornando-o economicamente inviável".

Conforme o senador, a produção brasileira de borracha natural tem suprido apenas 45% da necessidade do mercado interno, sendo o restante importado dos países asiáticos, que, conforme disse, vêm oferecendo o látex a um preço bastante atrativo.

16/07/1997

Agência Senado


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