JUVÊNCIO REGISTRA 23 ANOS DE CRIAÇÃO DO MATO GROSSO DO SUL



A passagem dos 23 anos de divisão do território do estado de Mato Grosso, que resultou na criação do Mato Grosso do Sul, foi registrada em Plenário, nesta quarta-feira (dia 11), pelo senador Juvêncio da Fonseca (PFL-MS). O parlamentar lembrou que os movimentos separatistas na região começaram ainda no século XIX, mas a liga sul-matogrossense só pôde comemorar seu objetivo no dia 11 de outubro de 1997, quando foi assinada pelo presidente Ernesto Geisel a Lei Complementar nº 31, que dividiu o Mato Grosso.

Mais de vinte anos depois da separação, Juvêncio da Fonseca constata que o Mato Grosso do Sul experimentou um significativo desenvolvimento político, social e econômico. Abrigando dois terços do pantanal em seu território, o estado possui dois milhões de habitantes e destaca-se na pecuária, com um rebanho de 23 milhões de cabeças de gado, e na produção agrícola. Mas o senador cobra mais investimentos federais em infra-estrutura.

Juvêncio da Fonseca elogia iniciativas como o Projeto Pantanal, que prevê investimentos de US$ 400 milhões em infra-estrutura e saneamento na área. Mas ele quer acelerar a construção de três usinas termelétricas, indispensáveis para o uso do gás natural no processamento de minérios de ferro e de manganês, abundantes no estado. "Estas obras são fundamentais para a implantação de um pólo mínero-siderúrgico em Corumbá", declarou.

Apesar da escassez de dinheiro federal, Juvêncio da Fonseca comemora a disposição da Petrobras de construir as termelétricas da Bolívia, de Corumbá e Três Lagoas. O senador informou que as duas primeiras usinas devem estar prontas em outubro do próximo ano. Juvêncio protesta, entretanto, contra o veto do presidente Fernando Henrique Cardoso à emenda que apresentou ao Plano Plurianual de Investimentos (PPA) e que destinava R$ 18 milhões à construção de um mini-gasoduto para a transformação do minério de ferro em Corumbá.

O senador Juvêncio da Fonseca recebeu apartes favoráveis dos senadores Jonas Pinheiro (PFL-MT) e Carlos Bezerra (PMDB-MT). Jonas Pinheiro definiu como "positiva e acertada" a divisão do território do Mato Grosso, pois já existia uma separação cultural, geográfica e econômica entre as regiões. "A medida acabou favorecendo nosso Estado, hoje o maior produtor de soja e algodão do país", disse. Já Carlos Bezerra reforçou as queixas de Juvêncio em relação à União, e cobrou uma ação mais efetiva para desenvolver o Centro-Oeste.

11/10/2000

Agência Senado


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