Kátia Abreu pede debate sobre tráfico de drogas na fronteira do Brasil com a Bolívia
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve discutir o tráfico de drogas na fronteira do Brasil com a Bolívia. Requerimento de audiência pública da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) foi aprovado na reunião nesta quarta-feira (2). Segundo denunciou a parlamentar, 90% da droga consumida no país entra pelo Mato Grosso do Sul vindo da Bolívia, situação que, segundo ela, contaria com o consentimento do presidente boliviano Evo Morales.
Kátia Abreu sugeriu como participantes do debate o procurador-geral do estado do Mato Grosso do Sul, Paulo Alberto de Oliveira; a professora da Universidad Mayor de San Andrés, da Bolívia, Ximena Costa; os delegados Mauro Sposito e Júnior Aparecido Taglialenha, da Polícia Federal; e um jornalista especializado na cobertura do tráfico de drogas na América Latina, a ser posteriormente indicado.
Nesta mesma reunião, a CCJ aprovou requerimento da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) para ampliar o número de participantes nesta audiência pública. Assim, o debate deve contar também com a presença de representantes do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e do Ministério da Defesa. A parlamentar petista sugeriu essas autoridades federais pelo fato de a repressão ao tráfico internacional de drogas ser competência da União.
BNDES
Foi aprovada ainda emenda do senador Tião Viana (PT-AC) a requerimento do senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) para que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior preste informações sobre contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a projetos empresariais de autogestão e cogestão no período de 1994 a 1999. O senador pela Paraíba quer que sejam discriminadas as empresas beneficiadas, a sua localização e o montante de recursos per capita.
Segundo explicou Roberto Cavalcanti no requerimento, esses contratos destinavam-se à modernização do processo produtivo por meio da participação ativa dos funcionários na administração da empresa. Por envolverem volume significativo de recursos públicos, o parlamentar considerou ser necessário conhecer os resultados obtidos por esses projetos.
Após a manifestação da CCJ, o requerimento de Roberto Cavalcanti vai ser votado pelo Plenário do Senado. Simone Franco e Valéria Castanho / Agência Senado02/06/2010
Agência Senado
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