Lazer: Projeto Viver no Parque leva centenas de pessoas ao Parque da Juventude



Atividades foram realizadas no último final de semana

Cerca mil e quinhentas pessoas estiveram no último final de semana nas dependências do Parque da Juventude, zona Norte da cidade. Na ocasião foi inaugurado o projeto "Viver no Parque", que contou com a apresentação do grupo de maracatu Viralatisse, além de oficinas de arte.

No sábado, o público acompanhou animadamente a apresentação do Viralatisse. Formado por 20 integrantes, na maioria jovens moradores da Vila Madalena, o grupo existe há quatro anos e é fruto do projeto Social Calo na Mão, que promove atividades na Escola Alves Luz. O mestre-regente do Viralatisse, Guga, estava bastante satisfeito com a receptividade do público. "O maracatu é muito impactante e, com certeza, foi uma novidade para os freqüentadores daqui que curtiram a performance". Guga também elogiou o local, "o bacana é que o parque tem uma estrutura muito boa".

A família Figueira Cleto, moradora da região, sempre passava em frente ao parque, mas nunca havia entrado. Uma faixa do projeto “Viver no Parque" chamou a atenção de Simone Cristina Figueira Cleto (35 anos), que decidiu entrar com as filhas Juliana Figueira Cleto, de 7anos, e Mariana F. Cleto, de 2 anos, e o marido Rogério Paulo Cleto , de 37 anos. Eles participaram das oficinas de Contadores de História e de Recreação Circense.


Ainda fizeram inscrições para outras oficinas do dia seguinte. "Eu não sabia que aqui era tão bonito, além de ter atividades para todas as idades. As crianças adoraram o contador de histórias e se divertiram muito aqui no parque", conta Simone.

O marido Rogério Paulo Cletou aprovou a decisão da esposa. "Ainda bem que a Simone decidiu entrar porque aqui é bem melhor que o Horto Florestal. Achei essas oficinas uma ótima idéia. A comunidade precisava de lazer gratuito na região", explica Rogério.

A iniciativa agradou também aos antigos freqüentadores do parque. Um exemplo é  Maria Pereira do Nascimento, 56 anos, moradora da Vila Gustavo, que freqüenta o parque desde que foi inaugurado. Ela sempre aproveita para fazer caminhadas e depois descansar debaixo das arvores. "Hoje é um dia especial aqui no parque porque tem oficinas para quem quiser fazer e é tudo de graça. Espero que esse projeto continue. É tudo muito bom. Esse maracatu dá vontade da gente sair dançando", enfatiza Maria.

Promovido pela Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer e em convênio com a Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, o projeto oferecerá aos freqüentadores do Parque da Juventude oficinas de Contadores de Histórias, Dança de Salão, Noções de jardinagem, Recreação Circense, Vem Dançar e Arte e Sucata, sempre aos finais de semana, até o mês de abril. As aulas terão dois turnos: manhã e tarde, aos sábados e domingos, com 60 vagas em cada turma. Para participar basta se inscrever 30 minutos antes do início das aulas.

O objetivo é dar aos jovens de 12 a 24 anos e aos moradores da região que freqüentam o local a oportunidade de vivenciar experiências e se desenvolver por meio de elementos de cultura. A expectativa é que o projeto atenda cerca de 20 mil pessoas, nos quatro primeiros meses de realização.

Por meio destas vivências, os jovens terão um contato mais estreito com diversos tipos de linguagens, técnicas e idéias, ajudando a desenvolver sua capacidade de interferir e interagir. "A idéia é despertá-los para uma nova postura perante a sociedade, orientar o desenvolvimento pessoal de cada participante e permitir que descubram um novo caminho nas atividades culturais, contribuindo, assim, para a redução da violência", comenta o Secretário da Juventude, Esportes e Lazer Lars Grael.

No Parque também serão realizadas campanhas para doação de sucatas, livros, vasos, entre outros materiais que serão utilizados nas atividades posteriores. "Trata-se de uma forma de estimular o espírito de solidariedade, contribuir para a formação e aprimoramento dos participantes, além de colaborar para o surgimento de novos talentos", observa Grael.

A integração social, através das artes, é uma das metas do programa, que pretende diversificar as ações já desenvolvidas a fim de ampliar a freqüência do público. Para isso, a Secretaria pretende manter regularmente espaços definidos no interior do Parque, nos quais o público poderá praticar diferentes atividades nos finais de semana.

Oficinas:

Contador de Histórias: Crianças e adolescentes mergulharão no mundo mágico das histórias e poderão se transformar em futuros criadores e contadores de histórias.

Noções de Jardinagem: As noções sobre jardinagem ajudarão no processo de conscientização dos jovens na manutenção dos espaços verdes do Parque. Outra ação a ser trabalhada é a doação de mudas para replantio a fim de incentivar a preservação ambiental e a prática da cidadania.

Recreação Circense: Serão oferecidos exercícios de aquecimento e experimentação dos materiais específicos desta arte, desenvolvendo a expressão corporal.

Vem Dançar: Desinibir-se e exercitar-se são alguns dos resultados instantâneos que esta oficina proporcionará, além de despertar nos jovens o prazer de dançar e criar suas coreografias através dos ritmos trabalhados.

Arte Sucata: Noções de aproveitamento de materiais descartáveis e novos usos como elementos artísticos ou utilitários são algumas das propostas desta oficina, além de estimular a consciência ecológica entre os participantes durante o desenvolvimento das aulas.
 
Projeto Viver no Parque
Parque da Juventude
Av. Zaki Narchi, 1300 – Santana.Metrô Carandiru
05 oficinas de lazer e cultura: 60 vagas em cada turno p/ jovens de 12 a 24 anos. Inscrições gratuitas 30 minutos antes de cada aula
Até abril, aos sábados e domingos, das 9h às 12h; e das 14h às 17h.
Informações nos sites: www.sejel.sp.gov.br e
01/10/2006


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