Lei seca evita 5 vítimas de acidentes por hora em SP
Balanço de três meses da nova legislação aponta 10.785 atendimentos a menos na comparação com 2007
A cada hora, cinco pessoas deixam de sofrer acidentes de trânsito em São Paulo. É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde após quase três meses da entrada em vigor da lei seca, que pune rigorosamente quem dirige após consumir bebidas alcoólicas.
De 19 de junho, quando a nova legislação entrou em vigor, a 15 de setembro foram registrados 13.902 atendimentos a vítimas de colisões automobilísticas, quedas de moto e atropelamentos em 30 hospitais estaduais da capital e Grande São Paulo. O número desses 89 dias representa 10.785 atendimentos a menos que os 24.687 registrados no mesmo período do ano passado. A redução foi de 43,6% e representa 121 vítimas a menos por dia nos hospitais da Secretaria.
No terceiro mês de lei seca (18 de agosto a 15 de setembro) houve 4.538 atendimentos a vítimas de acidentes, contra 4.915 no período de 21 de julho a 17 de agosto e 4.449 entre 19 de junho e 20 de julho. No mesmo período de 2007 foram 8.122 atendimentos entre 18 de agosto e 15 de setembro, 8.824 de 21 de julho a 17 de agosto e 7.741 entre 19 de junho e 20 de julho.
Em três meses, a economia para os cofres estaduais com o atendimento médico e hospitalar a acidentados foi de aproximadamente R$ 11 milhões. O cálculo leva em conta a diferença de 10,7 mil entre os dados deste ano e de 2007 a média de 20% de vítimas graves, que custam em média R$ 3.000, e 80% de vítimas leves, que não precisam de internação prolongada e custam, em média, R$ 500. Com esse dinheiro é possível garantir a distribuição de medicamentos básicos do programa Dose Certa por praticamente um ano na cidade de São Paulo.
“Embora a lei seca tenha tido menor visibilidade nos veículos de comunicação no último mês, a fiscalização permaneceu rigorosa e as pessoas, de modo geral, continuam respeitando as novas regras. Os paulistas estão percebendo que não faz o menor sentido dirigir após tomar bebidas alcoólicas, e que a mudança de hábitos é perfeitamente possível”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Da Secretaria da Saúde
09/22/2008
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