Lobão diz que Brasil tem tudo para chegar a 200 milhões de toneladas de grãos
Segundo Lobão, há alguns anos, um secretário de Estado norte-americano teria comentado que o Brasil não ameaçava a concorrência da soja do seu país, em razão dos altos custos registrados na produção da soja brasileira, basicamente pela deficiência dos portos e da inexistência de ferrovias. O estado do Maranhão, ao longo dos últimos anos - disse o senador - vem mostrando que esses obstáculos não mais existem para o aumento da competitividade da soja brasileira.
- O Maranhão dispõe hoje, em Itaqui, de um dos melhores portos do país, e o único capaz de receber um navio graneleiro de 365 mil toneladas, como vem ocorrendo, o que permite o transporte direto de grande quantidade de produtos brasileiros diretamente para o porto de Roterdam, na Holanda, a custos mais baixos.
A soja que escoa pelo Maranhão chega ao mercado internacional a um custo inferior em US$ 10 dólares ao de qualquer outro porto do Brasil - informou Lobão. Além disso, explicou, o estado dispõe hoje de importante malha ferroviária de Carajás, que se interliga de forma eficiente com a ferrovia Norte-Sul, viabilizando o escoamento rápido da soja do interior do Maranhão, do Piauí, de Tocantins, de Mato Grosso e todo o Centro-Oeste.
Edison Lobão enalteceu o esforço feito pelo país para chegar ao atual patamar da produção agrícola, de 98 milhões de toneladas de grãos, após muitos anos estagnado nos níveis de 78 milhões a 80 milhões de toneladas. A Argentina - lembrou -, em apenas uma década, dobrou sua produção de 10 milhões para 20 milhões, fato que deixava o Brasil numa situação desconfortável, em se tratando de um país com tanta disponibilidade de terras agricultáveis e com uma população de 170 milhões de habitantes.
Para Lobão, está na agricultura a chance que o Brasil tem de impulsionar o seu desenvolvimento e de evitar o êxodo rural que tantos problemas cria à administração das grandes cidades. Ele disse que o atual patamar de produção deveria ter sido conquistado há mais tempo, se a política iniciada por Delfim Netto à frente do Ministério da Agricultura, no início do governo do presidente João Figueiredo, não tivesse sido interrompida com a saída do atual deputado para o Ministério do Planejamento.
O salto do agronegócio no estado - destacou - deve-se também à conjugação de esforços entre a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e a Embrapa, que resultou num bem-sucedido zoneamento agrícola, indicando culturas mais apropriadas para cada tipo de solo. O reitor da Uema, prof. César Pires, segundo Lobão, tem sido responsável pelo direcionamento daquela instituição para o desenvolvimento do estado.
16/11/2001
Agência Senado
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