Lúcia Vânia cobra eficácia do programa Primeiro Emprego
O envio ao Congresso Nacional de nova medida provisória (MP) alterando, pela segunda vez, dispositivos do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para os Jovens, mostra, no entender na senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que o governo não tem rumos claros para a área social. Para ela, o programa foi "vendido" em campanha presidencial para atrair o eleitor de 16 a 24 anos, mas quando virou lei em outubro do ano passado não conseguiu decolar por falta de planejamento e recursos.
- Caso o governo tivesse adotado postura mais democrática, abrindo mão de impor a aprovação do programa a toque de caixa e recusando todas as emendas apresentadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não precisaria usar seu programa de rádio para justificar as mudanças. Uma delas, de minha autoria, previa a contratação de jovens que concluíram o ensino médio ou profissionalizante - observou a senadora.
Lúcia Vânia, que preside a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), disse ainda que o governo pecou na formulação do programa Primeiro Emprego ao ignorar a contribuição de outros ministérios, de entidades não-governamentais e organismos internacionais. Ela observou também que houve "total desprezo" a projetos em andamento de estímulo ao trabalho comunitário, como o Agente Jovem e Universidade Solidária.
A senadora também criticou a criação, pelo governo, de um novo grupo de trabalho destinado a acompanhar a área social, no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Para ela, o governo já possui órgão similar na esfera do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
24/05/2004
Agência Senado
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