Luiz Otávio diz ser fundamental encontro para a elaboração de propostas em defesa do meio ambiente



Ao registrar sua participação na recente reunião da "Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável", em Joanesburgo, o senador Luiz Otávio (PPB-PA) qualificou de fundamental o encontro, num só lugar e a um só tempo, de ambientalistas, políticos e ativistas não governamentais para a articulação de idéias e elaboração de propostas em defesa do meio ambiente. Para o senador, encontros dessa natureza funcionam como grandes vitrines mundiais "a expor e a distinguir os países entre aqueles que debatem e propõem medidas, os que muito falam mas pouco fazem e, ainda, aqueles que sequer se dão ao trabalho de participar das discussões".

Luiz Otávio reconhece que não é preciso participar de reuniões como a realizada na África do Sul para saber que a fome e a pobreza atingem níveis insuportáveis, ou para reconhecer a existência do buraco na camada de ozônio que ameaça o equilíbrio climático do planeta, ou ainda para se dar conta do processo de extinção de espécimes animais e vegetais e da finitude dos recursos hídricos.

- Entretanto, se não pudéssemos agregar em um só lugar e a um só tempo os anseios e sugestões de ambientalistas, políticos e ativistas não-governamentais de todos os matizes, talvez não avançássemos com a presteza que as necessidades ambientais e humanas nos impõem - acrescentou, para dizer que provavelmente não haveria um Protocolo de Quioto, exigindo satisfações de potências econômico-militares como os Estados Unidos, e nem existiria um documento do teor da "Carta do Rio" ou "Carta da Terra", em que os líderes dos países desenvolvidos reconhecem ter responsabilidades maiores na erradicação da pobreza.

O senador destacou a posição do Brasil na luta pela preservação do meio ambiente, lembrando que, desde o início da década de 70, o país tem colaborado para o equacionamento das inaceitáveis disparidades entre os países, com a elaboração de princípios inovadores. Luiz Otávio classificou de corajosa a decisão do governo brasileiro de permitir a participação de organizações não-governamentais (ONGs) na Conferência do Rio de 1992 e elogiou, entre outras ações, a proposta brasileira de revolucionar a matriz energética mundial, ao sugerir a elevação de 2,2% para 10% da meta global de energia renovável a ser alcançada dentro de 10 anos.

A criação do Parque Nacional do Tumucumaque, "verdadeiro santuário de biodiversidade de área equivalente ao tamanho da Bélgica, no coração da Amazônia Setentrional", foi a mais recente contribuição nacional para o estabelecimento da "cidadania planetária", na avaliação de Luiz Otávio.



10/10/2002

Agência Senado


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