Mais verba para a pesquisa gaúcha









Mais verba para a pesquisa gaúcha
A pesquisa gaúcha encerrou 2001 com bons motivos para comemorar. Durante o ano foram feitos investimentos de R$ 19 milhões, 50% a mais do total das aplicações de 2000. O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), Sérgio Bampi, disse que a entidade alcançou o seu maior índice, 28,7%, de destinação de verbas. A constituição estadual estabelece que o orçamento da Fapergs corresponda a 1,5% da arrecadação doestado, mas esse índice nunca foi cumprido.
Os recursos serviram para financiamento de projetos de pesquisa a fim de promover o desenvolvimento tecnológico de setores como cooperativo, coureiro-calçadista, agropecuário, biotecnologia e informática. Além disso, a fundação conseguiu autorização para realização de concurso público, o que não ocorria desde 93, garantindo o preenchimento de 20 vagas. No ano passado, a fundação também alcançou o maior número de concessões de bolsas. Foram R$ 3,7 milhões em bolsas de iniciação científica para 1.437 pessoas.

A entidade também comemora o fato de ter conseguido reajustes nos valores das bolsas de pós-graduação, recém-doutor e de pesquisador visitante. Bampi disse que além de ampliar áreas de atendimento, a Fapergs tratou de qualificar seus serviços administrativos como sistematização de programas de apoio à pesquisa e instalação de um novo sistema de informática para controle de processos.


Queda recorde na produção de energia de Itaipu em 2001
A usina de Itaipu encerrou 2001 com uma produção acumulada de energia 15,12% menor que a registrada no ano passado, segundo balanço divulgado pela empresa. Responsável por 25% da geração nacional, a hidrelétrica binacional, localizada na fronteira do Brasil com o Paraguai, produziu 79.307.078 megawatts (MW), 14.120.52 MW a menos que os 93.427.598 MW gerados no exercício anterior e que foram seu recorde histórico, desde o início de sua operação, em 1985. O longo período de estiagem experimentado por várias regiões brasileiras e a redução do consumo provocada pelo programa de racionamento imposto pelo governo federal foram os responsáveis pela queda, de acordo com a assessoria de imprensa de Itaipu.

É a maior diminuição de geração feita pela hidrelétrica em sua história. A última queda ocorreu em 1998, quando a usina produziu 87.845.979 MW, volume 1,6% inferior aos 89.237.001 registrados no exercício anterior. Nos anos de 1999 e 2000 Itaipu bateu dois recordes mundiais de produção de energia - respectivamente 90.001.900 MW e 93.427.598 MW.

A redução na geração aconteceu porque os reservatórios de todas as usinas brasileiras foram baixando à medida que a estiagem se prolongava no último exercício. Existem 47 hidrelétricas acima de Itaipu. A produção ainda foi prejudicada porque o nível dos rios mais próximos à usina, no Paraná e em São Paulo, também foi diminuindo ao longo do tempo. O período mais crítico de 2001 ocorreu na segunda quinzena de dezembro, quando o reservatório chegou a 218 metros, dois metros abaixo da superfície normal, que é de 220 metros. Em 99, a empresa chegou a fazer um rebaixamento de cinco metros.

Ontem à tarde, o nível do reservatório era de 219,3 metros. Muito embora nos últimos dias esteja chovendo bastante na região de Goiás, na cabeceira do rio Paranaíba, a usina ainda não alcançou a superfície normal porque as hidrelétricas acima de Itaipu também estão retendo mais água para atingir um limiar de normalidade em seus depósitos. Por volta das 16 horas de ontem, os técnicos da empresa registraram uma entrada de 8763 metros cúbicos (m³) de água por segundo e uma saída de 10.271 m³ por segundo, um déficit de 1.508 m³.

A queda na produção repercutirá negativamente na transferência de royalties para os municípios e Estados que tiveram áreas atingidas pela construção da hidrelétrica. Os royalties são uma compensação financeira pela utilização do potencial hidráulico do Rio Paraná. A Lei dos Royalties, criada em 1991, prevê repasse às cidade afetadas diretamente pela formação do reservatório. Mas o dinheiro também chega a alguns órgãos federais, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Anel), entre outros.

Até outubro de 2001, Itaipu Binacional havia transferido US$ 192 milhões ao Tesouro Nacional - que repassa os recursos aos Estados, municípios e órgãos federais. O valor destes benefícios depende da produção de energia elétrica. Quanto maior o volume, maior o valor pago. No ano anterior, havia repassado US$ 200 milhões. Até agora, desde 1985, Itaipu pagou US$ 1,85 bilhão em royalties. O Paraná recebeu US$ 539 milhões desde 1991, quando se introduziu a nova legislação. No mesmo período, Mato Grosso do Sul ganhou US$ 10,6 milhões. O dinheiro beneficia a economia de municípios nos limites do reservatório.


Teconvi investe R$ 30 milhões no porto de Itajaí
A Teconvi S/A, sociedade de propósito específico controlada pela construtora paranaense Andraus e criada para administrar o terminal de contêineres (tecon) do porto de Itajaí, assumiu na última quarta-feira (02) as operações com contêineres no cais comercial e já anunciou que está investindo R$ 30 milhões no porto. A empresa arrendatária do tecon já pagou à administração do porto o montante de R$ 4,8 milhões, que são recursos referentes à primeira parcela do arrendamento. Já a segunda parcela, de R$ 2,5 milhões, deve ser repassada pela arrendatária até fevereiro. A Teconvi também está investindo mais R$ 22 milhões na aquisição de equipamentos que agilizarão as operações.

O diretor da Teconvi, Jonny Kaniak, diz que já foram adquiridas sete empilhadeiras finlandesas da marca Kallmar, modelo reachstacker e com capacidade para movimentação de 45 toneladas cada uma. O custo unitário, inclusos os impostos e taxas de importação, segundo Kaniak, foi de US$ 400 mil, ou seja, cerca de R$ 1 milhão, o que totaliza um investimento, somente em um item, de mais de R$ 7 milhões. “Três delas já chegaram no Brasil através do porto de Paranaguá na segunda quinzena de dezembro e devem iniciar as operações em Itajaí nos próximos dias. Já as outras quatro serão desembarcadas em Itajaí no dia 19 de fevereiro”, afirma Kaniak.
Além das empilhadeiras, para o próximo mês de março está previsto o início das operações de dois guindastes modelo móbile crane no tecon do porto de Itajaí. O diretor da Teconvi Randy Rodrigues Silva diz que os investimentos nos equipamentos somam US$ 6 milhões, o equivalente a cerca de R$ 15 milhões. São equipamentos que agilizarão significativamente as operações no terminal.

Kaniak informa que os guindastes móbile crane ampliarão a movimentação de contêineres em cerca de 50%. “A operação atual é de nove a dez movimentos hora, na carga e descarga dos navios conteineiros. Com os guindastes novos, a partir de março passará para 14 a 15 movimentos hora”, diz o diretor. Além disso, explica, os equipamentos possibilitarão que o porto também opere com navios que não dispõem de guindastes de bordo. “O que é fundamental, uma vez que os novos cargueiros estão vindo com menos equipamentos, para aumentar a capacidade de cargas”, afirma.

Além dos investimentos de R$ 30 milhões que já estão sendo feitos, a Teconvi deve aplicar no porto de Itajaí, ainda nesse ano, entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões no reforço da estrutura atual do cais. Também estão programados para 2002 os investimentos iniciais no novo terminal. Já foram iniciadas as desapropriações de uma área de 73 mil metros quadrados no centro da cidade, com a desapropriação do prédio da Prefeitura da cidade. As demais desapropriações, segundo o diretor financeiro do porto, Antônio Ayres dos Santos Júnior, estão em fase adiantada e devem ser finaliza dos ainda no primeiro semestre desse ano.

Para o superintendente do porto, Amílcar Gazaniga, esses investimentos são fundamentais no desenvolvimento do porto e também da cidade. “Com os constantes aumentos que estamos verificando na movimentação de cargas conteinerizadas em Itajaí, o porto público passou a necessitar de grandes investimentos para garantir a demanda de cargas. Investimentos esses que o município não pode fazer e que, de acordo com a Lei de Modernização dos Portos Brasileiros, têm que ficar a cargo da iniciativa privada”, afirma o superintendente.

Enquanto isso, informa Jonny Kaniak, a Teconvi deu início ao projeto de engenharia do novo cais, cujas obras serão iniciadas assim que as áreas adjacentes ao porto estiverem desapropriadas. No novo terminal a empresa projeta investir cerca de mais R$ 40 milhões. Já a previsão de movimentação para o primeiro ano de operações é de 120 mil contêineres.

Movimento de cargas cresceu 31% em relação a 2000
Com o embarque e desembarque de 270 mil toneladas em dezembro, o cais comercial do porto de Itajaí fechou o ano de 2001 com um movimento de 2,7 milhões de toneladas, um resultado 31% superior ao verificado em 2000, de 2,06 milhões de toneladas. Para o superinten-dente do porto, Amílcar Gazaniga, o crescimento pode ser explicado sobretudo pelo aumento de 87% nas exportações de aves e de 169% de carnes congeladas e, ainda, pela retomada dos embarques de açúcar.

Gazaniga destaca a política co-mercial adotada pelo porto em 2001, que conseguiu atrair novas escalas e ampliar a oferta de serviços nos terminais da cidade catarinense. “A maior oferta de opções aumentou nossa competitividade e fez com que muitos exportadores trouxessem cargas de outros portos para o nosso”, avalia. O número de atracações em Itajaí cresceu 29%, passando de 455 em 2000 para 589 em 2001.
As cargas conteinerizadas repre-sentaram 85% do movimento do porto, chegando a 2,28 milhões de toneladas no ano, um acréscimo de 35% em relação ao volume de 1,7 milhão de toneladas de 2000.

Além do cais comercial, Itajaí conta com dois terminais privativos, da Braskarne e da Dow Química. A primeira embarcou 194 mil toneladas de congelados durante 2001, um incremento de 5% sobre o volume do ano anterior, de 184,2 mil toneladas. Já os desembarques de soda cáustica da Dow Química caíram 9%, de 83,5 mil toneladas em 2000 para 76,1 mil toneladas em 2001.

Somadas, as cargas do cais co-mercial e terminais privativos chegaram a 2,97 milhões de to-neladas no ano passado. O crescimento em relação às 2,33 milhões de toneladas de 2000 foi de 28%.


Missão na Rússia defende carne suína
Três gaúchos já estão confirmados para acompanhar a missão do governo federal liderada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Rússia nos dias 14 e 15 de janeiro. O ex-ministro e consultor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Francisco Turra, o diretor-presidente da Doux Frangosul, José Augusto Lima de Sá, e o presidente da Cooperativa Tritícola Ijuí (Contrijuí), Carlos Domingos Poletto, farão parte do grupo que busca a liberação das vendas de carne suína do Brasil para a Rússia ainda este mês.

Além de reunirem-se com autoridades governamentais daquele país, a missão terá encontros com importadores do produto, disse Poletto. O presidente da Cotrijuí aproveitará a visita para oferecer a carne suína processada na cooperativa. “Planejamos aumentar nossas vendas externas. Em 2001, vendemos para a Argentina 13% de nossa produção e começamos a enviar pequenas quantias para o Oriente Médio. A Rússia é um mercado interessante não só pelos grande volumes que compra, mas pelo tipo de produto, carnes menos nobres, que não possui mercado muito abrangente”, disse. A cooperativa abate hoje 520 suínos/dia volume bastante inferior em relação à sua capacidade diária de mil animais.

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, disse que o objetivo central da missão é liberar imediatamente as vendas de carne suína gaúcha para a Rússia. O Rio Grande do Sul não exporta para o país desde maio, em função do surgimento de focos de febre aftosa em seu território. Nos últimos sete meses, deixou de negociar com esse mercado quatro mil toneladas por mês, equivalentes a US$ 5 milhões/mês, afirmou o presidente da Associação de Criadores de Suínos do RS, Gilberto Moacir da Silva. O restante do País em nenhum momento deixou de exportar a carne para a Rússia, disse Oliveira, do Ministério da Agricultura. De janeiro a novembro de 2001, o Brasil exportou 244,9 mil toneladas, 11,75% a mais do que o mesmo período de 2000.

Em dezembro de 2001, uma missão técnica russa visitou frigoríficos, laboratórios e propriedades rurais no estado e levou para seu país de origem avaliação positiva sobre os procedimentos sanitários adotados, afirmou Oliveira. A missão também visitou mais de 30 propriedades e frigoríficos de carne bovina, principalmente no Centro-Oeste do País, e deverá aprovar na mesma data a compra do produto brasileiro.


Tecon cumpre metas de crescimento
O terminal privado de contêineres do complexo portuário de Rio Grande, administrado pela Tecon Rio Grande S/A, fechou o ano de 2001 movimentando quase 210 mil unidades, mais de 343 mil TEUs, o que representou um crescimento de 18% em relação às operações do ano anterior.

“Isso é resultado de um trabalho que vem sendo executado desde que assumimos a administração do terminal, há cinco anos. Em 1997, movimentávamos quase 100 mil TEUs. Agora, atingimos a marca superior aos 343 mil TEUs. Atingimos as nossas metas sempre e vamos continuar assim”, observou o diretor de planejamento e marketing da empresa, Thierry Rios.

A movimentação de contêineres refrigerados (reefers), segmento no qual a Tecon tem apostado muito forte nos últimos dois anos, apresentou crescimento de 17%. “O aumento da exportação de frango e a expectativa de uma grande safra de maçã nos leva a acreditar na continuidade do crescimento da movimentação desse tipo de contêiner”, disse Rios. O terminal movimentou 13.550 TEUs refrigerados. Por isso, o número de tomadas elétricas está sendo ampliado para 398 unidades.

Em 2001, o terminal privado de contêineres de Rio Grande operou 613 navios (média de 336 contêineres transbordados por navio) e 79 barcaças, nos seus dois berços de atracação. “Estabelecemos uma produtividade média bruta acima dos 30 movimentos por hora. As produtividades máximas mensais ficaram acima dos 48 movimentos/hora, com um recorde estabelecido no mês de maio, com 68,9 movimentos/hora”. A Tecon já conseguiu reduzir para menos de duas horas o tempo de espera de atracação das embarcações.

No ano passado, o terminal começou a receber, mesmo que não de forma rotineira, navios com capacidades superiores aos 3 mil TEUs, os quais transbordaram quase 5 mil contêineres. “Isso é um ótimo indicativo. Mostra o potencial da região e que os armadores vão, aos poucos, se acostumando com idéia de que o nosso terminal pode ser um bom concentrador de cargas”.

Com os 60 pés de calado, para os quais o governo federal vem investindo mais de R$ 200 milhões no aprofundamento do canal de acesso ao complexo portuário gaúcho, os mega conteineiros terão possibilidade de operar no terminal privado. Mas isso não assusta.

“Desde o início da nossa administração, estamos preparando o terminal para receber essas mega embarcações. A opção pela aquisição de equipamentos post-panamaz é uma prova disso. Chegou o momento e estamos provando que estamos preparados para isso. As produtividades conseguidas nessas operações, o nível de informatização e outros detalhes tem nos rendido elogios dos armadores e isso é um verdadeiro combustível para que continuemos trabalhando”, disse o diretor da T econ.

Entre as cargas mais movimentadas, o fumo continua liderando, com 26% do total. Depois, vem o calçado (16%), arroz (14%), resinas (10%), frango congelado (8%) e móveis (6%). “Essas cargas foram embarcadas para 15 serviços (destinos) regulares”.
Esses números, no entanto, não limitam os investimentos da empresa no terminal. Em 2001, foram investidos mais US$ 10 milhões em armazéns, no “depot” (local reservado para o concerto de contêineres), em novos equipamentos para a movimentação de contêineres vazios.

“As perspectivas para este ano que se inicia são as melhores possíveis. Fizemos um trabalho muito forte em relação aos nossos clientes. Discutimos com eles, mês a mês, novos projetos que pudessem beneficiar ambos os lados. Estamos dispostos, sempre, a fazer novos investimentos, desde que os nossos clientes apontem para essa necessidade. Investimento é um caminho de mão dupla, tem que satisfazer ambos os lados e isso tem sido conseguido pelo terminal. Já investimos muito (mais de US$ 55 milhões), com o que conseguimos ter um crescimento constante no volume de cargas movimentadas”, disse Thierry Rios.


Exportações de SC para Argentina têm redução de 11,6%
Santa Catarina exportou US$ 235,82 milhões para a Argentina em 2001 entre janeiro e novembro de 2001, 11,65% a menos do que em igual período do ano anterior. O país vizinho é o segundo maior parceiro comercial do estado, atrás dos Estados Unidos. Mas até novembro a Alemanha chegou perto, com importações de US$ 205,82 milhões. Os produtos catarinenses mais vendidos para a Argentina são as roupas de cama, mesa e banho, que somaram US$ 22,17 milhões em negócios, valor 10,98% inferior ao de 2000, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e elaborados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o setor têxtil, que já chegou a destinar para a Argentina 25% das suas exportações entre 1999 e 2000, não acredita em melhora rápida. Para este ano a expectativa é que aquele mercado absorva apenas 10% das vendas externas. A Döhler S/A, de Joinville, tem na Argentina o seu principal cliente externo e fechou 2001 com queda de 15% nas vendas para aquele mercado. Neste ano a Döhler vendeu cerca de US$ 7,5 milhões para a Argentina, o que corresponde, a 20% dos US$ 38 milhões exportados.

A Karsten, tradicional fabricante catarinense de artigos para cama, mesa e banho, fez o caminho em via dupla. Há anos, instalou uma filial na Argentina, que decidiu fechar em junho passado. Transferiu o atendimento daquele país para a sede da empresa, em Blumenau. A Karsten Argentina foi aberta em outubro de 1997 e possuía um depósito e um escritório, em que estavam empregadas 11 pessoas. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a Karsten antecipou-se ao agravamento da crise, uma vez que já na metade deste ano o custo Argentina elevou-se a um ponto que preferiu centralizar os negócios no Brasil.

As vendas para a Argentina, que chegaram a alcançar US$ 4 milhões, devem fechar este ano entre US$ 2,5 milhões e US$ 2,8 milhões, o que representa menos de 3% do total exportado pela empresa. No ano passado, o faturamento total da Karsten foi de R$169,6 milhões. A empresa exporta cerca de 50% de sua produção. Tem filiais em Nova York, para atender o mercado dos Estados Unidos, que representam 50% de suas vendas externas, e em Dusseldorf (Alemanha), para os países europeus. Os outros mercados são atendidos diretamente pela sede em Blumenau.

O papel cartão kraftliner foi a segunda mercadoria mais prejudicada pela crise argentina. As exportações de Santa Catarina para lá resultaram em US$ 21,59 milhões, 19,86% menos do que em 2000, até novembro. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel de Santa Catarina, as vendas de papéis sanitários e para embalagens cresceram 4% em 2001, mas poderiam ter aumentado mais, não fosse os problemas econômicos no país vizinho. “A produção de embalagens está ligada diretamente ao crescimento econômico. Quando cresce a atividade econômica, aumenta a produção”, diz o presidente do Sinpesc, Roque Zerwes. Segundo ele, as exportações de papel para a Argentina caíram 40% no segundo semestre.

Nem mesmo a carne suína, que teve exportações ampliadas em 63,26% no cômputo geral do Estado, escapou da retração para a Argentina. Para aquele país, que foi o principal importador de suínos até 2000, as exportações catarinenses atingiram US$ 19,49 milhões, redução de 19,31% em relação ao mesmo período do ano anterior. O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Paulo Tramontini, diz que vários foram os fatores que afugentaram as agroindústrias dos negócios com a Argentina. Entre eles a falta de garantia de pagamento das importações, a diminuição do consumo de suínos provocada pela recessão e a abertura de novos mercados, sobretudo a Rússia.

Para este ano Tramontini não acredita em mais queda de importações de suínos. “A Argentina vai ter que implantar uma política de abastecimento interno. O consumo lá é um pouco menor do que o do Brasil, de 10 quilos per capita/ano, mas a produção deles é ínfima, embora tenham todas as condições de produzir suínos, principalmente, o milho e a soja”, diz.


Colunistas

NOMES & NOTAS

Certificação
A Rio Grande Energia (RGE), empresa distribuidora de energia elétrica nas regiões Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul, é a primeira empresa do setor elétrico do País recomendada a receber a certificação OHSAS 18.001, norma internacional que rege o “Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional”. A auditoria foi realizada pelo Bureau Veritas, que oficializou a recomendação nesta semana.

Emergência
Dois municípios do Extremo Oeste catarinense, Santa Helena e Maravilha, decretaram situação de emergência em função da estiagem. O prefeito de Santa Helena, Moacir Lazarotto (PPB), quer ajuda da Defesa Civil no fornecimento de caminhões-pipa e captação de água potável para a população. Ele diz que o grande problema é encontrar locais para captar água, já que os mananciais estão secando. Em Maravilha, o prefeito em exercício, Juarez Vicari (PMDB), diz que o maior problema é no interior, onde os agricultores não estão conseguindo manter o abastecimento dos aviários. O escritório da Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina (Casan) está fornecendo água para a prefeitura de Maravilha distribuir em caminhões-pipa do Corpo de Bombeiros, mas o abastecimento é insuficiente, segundo o comandante dos Bombeiros, Alcimar Lauer. Há mais de 30 dias que não chove com intensidade na região.

Sorteio
A Livrarias Curitiba já está trabalhando para o pico de consumo do período de volta às aulas e com novidades. Até o dia15 de março, quem efetuar compras com valor mínimo de R$ 50,00 participa de sorteio de dois automóveis Renault Clio e de 50 DVDokê. A capanha vale para as cidades de Curitiba, Joinville e Florianópolis.

Climatização
O Parque de Eventos de Bento Gonçalves, na região da Serra gaúcha, com mais de 50 mil metros quadrados de área construída, está sendo totalmente climatizado. E os freqüentadores da próxima edição da Movelsul, uma das maiores feiras nacionais do setor moveleiro, já encontrarão o ambiente climatizado. Em 35 anos de funcionamento, o Parque de Eventos vem recebendo constantes investimentos, acompanhando a evolução dos eventos que promove.

Viagens canceladas
O presidente da Associacão Brasileira de Agentes de Viagem (Abav), Tasso Gadzanis, acaba de chegar de Buenos Aires, onde se reuniu com o presidente da AAAVYT (entidade similar à Abav na Argentina), Marco Palacios, e outras autoridades, e ouviu deles que os cancelamentos de viagens de argentinos para o Brasil nesta temporada devem chegar a 80% no Sul do País e a 60% no Nordeste, que tem um sistema de pagamento antecipado. Segundo Gadzanis, a incerteza sobre as novas medidas econômicas - fala-se em desvalorização de 30% da moeda argentina - é mais grave que o preço. O presidente da Abav falou com mais de 30 jornalistas argentinos e as autoridades do trade local. Os boatos de que os cartões de crédito argentinos não são válidos no Brasil também têm assustado o mercado. Gadzanis marcou uma reunião com representantes das administradoras para que se faça uma divulgação maciça sobre a inverdade dessas informações. O presidente da Abav ficou de coordenar um grupo não oficial de presidentes de associações de turismo dos dois países, para que se reunam regularmente.

Ocupação Hoteleira
Os hotéis de Florianópolis que já haviam registrado uma boa taxa de ocupação durante o Natal, tiveram repetida a performance durante o Reveillon. Segundo os representantes do setor, a maioria dos hotéis teve uma ocupação acima de 90%, principalmente os estabelecimentos de praia, chegando muitos a 100% de ocupação. Segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Tarcísio Schmitt, 95% dos hóspedes eram brasileiros.

Promoção Turística
Diretoria de Marketing da Santa Catarina Turismo (Santur) está confirmando a participação do órgão oficial de turismo de Santa Catarina, em cooperação com a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), nas duas primeiras feiras que inauguram o calendário de eventos turísticos no exterior: a BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, de 23 a 27 deste mês, em Portugal, e a Fitur - Feira Internacional de Turismo, em Madri, Espanha, de 30 de janeiro a 02 de fevereiro.

ARP
A Associação Riograndense de Propaganda (ARP) promove amanhã assembléia geral, que deverá eleger a nova diretoria para o biênio 2002/03. O atual presidente da associação, o publicitário Samir Salimen, é o candidato da chapa da situação.

Encontrando crianças
As pulseiras de identificação distribuídas pela Polícia Militar no litoral paranaense estão ajudando a encontrar crianças perdidas. Até sexta-feira passada, os policiais haviam encontrado 80 crianças sozinhas nas praias. Em média, são registrados 20 casos durante os finais de semana da temporada. As pulseiras, patrocinadas pela Fospar, que fabrica implementos agrícolas, estão sendo distribuídas desde 30 de dezembro. Até o final da Operação Verão, no dia 17 de fevereiro, serão entregues 10 mil unidades nas praias de Guaratuba, Ipanema, Matinhos e Caiobá.

Celular na praia
Pelo terceiro ano consecutivo, a TIM Celular Sul monta no litoral paranaense a Arena TIM, um espaço de recreação e informação para os veranistas que escolhem as praias do Paraná para passar suas férias. Este ano, a empresa escolheu atividades que vão de ginástica e caminhadas com acompanhamento até cursos de pipa para as crianças e distribuição de saquinhos de lixo. As crianças também terão à disposição um tobogã gigante e o High Jump, e serão acompanhadas por monitores. Os turistas também poderão embarcar num balão para vôos cativos, ou seja, apenas sobe e desce no mesmo local, sem realizar vôos completos.


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01/07/2002


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