Mantega nega valores do corte do orçamento divulgados pela imprensa
O ministro da Fazenda reafirmou nesta sexta-feira (14) que o valor do corte do orçamento da União para o ano de 2011 ainda está sendo construído e alertou que não procedem os números divulgados por alguns meios de comunicação.“ Não é nem R$ 20 (bilhões), nem R$ 30 (bilhões), nem R$ 40 (bilhões), nem R$ 50 (bilhões). Não existe esse número. Quem falou não tem autoridade para falar. Eu é que tenho a palavra sobre isso”, declarou.
Segundo Mantega, nesta sexta-feira (14), durante a primeira reunião ministerial do governo da presidenta Dilma Rousseff, o governo vai começar a estabelecer os critérios para que cada ministério, junto com o Planejamento e a Fazenda, possa detectar o quanto é possível reduzir.
“Enquanto isso, não haverá números. Depois que nós fizermos esse trabalho de definição de prioridades, previsto para demorar mais umas duas ou três semanas, é que vamos levar à presidenta uma proposta para o contingenciamento”.
A previsão de Mantega é de que o valor esteja definido no início de fevereiro. O ministro salientou que a orientação da presidenta é de fazer uma máxima redução de custeio, revisando os principais gastos com viagens, diárias, contratação de empresas de serviços, aluguel de prédios, além de suspensão de compras de novos equipamentos.
“Tudo isso tem que ser postergado. Temos que fazer uma redução sensível dos gastos”, disse o ministro, acrescentando que o governo vai identificar o excesso de “gordura” para promover o corte. “Nós temos que aumentar a eficiência e fazer mais com menos gastos. Isso é salutar”. O ministro garantiu que os programas sociais vão permanecer. Educação e a saúde estão preservadas por terem valor constitucional. “Mas até agora não tem nada pré-definido”, repetiu.
Câmbio
O ministro também comentou a decisão do Banco Central de voltar a realizar leilão de swap reverso. “É mais uma orientação de que nesse momento é necessária uma intervenção maior no mercado de derivativos, no mercado futuro”, observou.
Para Mantega o que o Banco Central voltou a fazer é uma atuação clássica, que visa neutralizar a venda futura de dólar pelas empresas e instituições financeiras para evitar a desvalorização da moeda americana e a valorização do real. “Se tem empresas ou bancos vendendo na posição vendida futura, nós vamos ficar numa posição comprada futura de modo a neutralizar essa pressão”.
O ministro explicou que quando os bancos ou empresas ficam vendidos no mercado futuro isso aumenta a oferta de dólares e, portanto, desvaloriza o dólar e valoriza o real. “Quando você entra com o swap reverso, quer dizer compra futura de dólar neutraliza a venda e impede que haja uma valorização do real”, enfatizou.
Na noite desta quinta-feira (13), o Banco Central confirmou a realização de leilões de contrato de swap campial reverso, sendo esta mais uma das medidas tomadas pelo governo em 2011 para coibir a apreciação do real.
Na semana passada, o Bacen já havia anunciado o recolhimento compulsório de posições vendidas em dólar. Serão ofertados hoje 20 mil contratos na operação, sendo 3 mil deles com vencimentos em abril de 2011, 7 mil com vencimentos em julho de 2011 e 10 mil a vencer em janeiro de 2012.
Fonte:
Ministério da Fazenda
14/01/2011 17:15
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