Mão Santa: CPMF "é imoral"
Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (28), o senador Mão Santa (PMDB-PI) se disse contrário à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A prorrogação do tributo já foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados e deve ser votada no Senado em breve.
- Os impostos têm que ser diretamente proporcionais. Quem ganha mais deveria pagar mais. A CPMF atinge é o pobre, que quando compra um xampu, um sabonete, paga 52% de imposto ao governo - afirmou.
O senador adjetivou o imposto de "imoral, injusto, uma indignidade, uma vergonha" e destacou que se trata de uma contribuição que deveria ser provisória.
- Ninguém pode enganar o povo do Brasil. Querem instalar aqui a 'cleptocracia', o governo dos ladrões, dos 'aloprados'. Dizer que esse imposto é de cheque, não é nada de cheque, é de pobre - alertou.
O senador disse ainda ser contrário a benefícios do governo que não incentivem o cidadão a trabalhar. Para Mão Santa, o trabalho dignifica o serhumano e "quem não trabalha não merece ganhar para comer".
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou o programa Bolsa-Família, do governo federal, destacando que o benefício é pago a 12 milhões de famílias. Lembrou ainda que o governo federal conseguiu elevar o salário mínimo para mais de US$ 200.
28/09/2007
Agência Senado
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