Marconi Perillo diz que gravações telefônicas não o incriminam
Com a possível convocação a ser decidida até a próxima semana pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, o governador de Goiás, Marconi Perillo, disse nesta quinta-feira (10), por meio de nota, que as menções ao seu nome em gravações telefônicas, interceptadas pela Polícia Federal (PF), não podem servir de base para conclusões precipitadas de conspiração com as pessoas investigadas na operação Monte Carlo.
O delegado da PF, Matheus Mela Rodrigues, ouvido nesta quinta pela CPI, apresentou informações que indicam loteamento de órgãos públicos e “participação direta” da organização criminosa no governo de Goiás.
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o delegado informou que o nome de Perillo foi citado mais de 200 vezes nas gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, além de ligações do próprio governador com Cachoeira, preso desde fevereiro desse ano, quando a operação Monte Carlo foi deflagrada.
Mas Perillo reafirmou que jamais admitiu ou permitiu qualquer tentativa de influência dos investigados em seu governo. Segundo o governador, o depoimento do delagado não traz nenhum fato novo. Ele disse ainda que já havia informado às autoridades sobre o contato telefônico no aniversário de Cachoeira, além de dois encontros em ocasiões sociais e uma audiência no Palácio das Esmeraldas.
“Mesmo assim, tomei todas as medidas necessárias para coibir quaisquer tentativas nesse sentido, afastando auxiliares e servidores citados ou envolvidos nas investigações e determinando a auditagem dos contratos firmados entre a administração estadual e o Grupo Delta”, diz a nota.
Com informações da Agência Brasil (Rivadavia Severo e Daniella Jinkings).
10/05/2012
Agência Senado
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