Mauro Miranda critica proposta de venda da Celg



O senador Mauro Miranda (PMDB-GO) considerou inoportuna e antiética a intenção do governo de Goiás de vender as Centrais Elétricas do estado (Celg). Para ele, em momento de crise energética e econômica como o que o Brasil atravessa, é um desatino abrir mão de um instrumento importante para impulsionar o desenvolvimento de Goiás. "O governador Marcone Perillo deixa patente sua obsessão em "fazer caixa" em ano pré-eleitoral", afirmou.

Mauro Miranda manifestou sua satisfação diante da decisão da Justiça Federal de Brasília de determinar a suspensão dos procedimentos relativos à privatização da Celg, acatando iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Goiás. O juiz considerou o processo mal conduzido e eivado de irregularidades em sua sistemática de avaliação, disse o senador.

Para o senador, a privatização da Celg seria altamente prejudicial ao interesse público porque o baixíssimo preço de venda fixado pelo governo do estado - R$ 1,41 milhão - está muito aquém do valor socioeconômico dessa companhia que gera, transmite e distribui energia elétrica para 1,25 milhões de consumidores em 233 municípios.

Segundo Mauro Miranda, 80% da população do estado já se manifestaram contrários à privatização da Celg. Subtrair a companhia ao controle do estado será malbaratar o patrimônio da sociedade, avaliou o parlamentar.

- O que Goiás precisa é tornar a empresa mais moderna e flexível, capaz de responder e antecipar as aspirações de seus consumidores, sob um regime democrático e transparente de governança corporativa - concluiu.

Em aparte, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) manifestou sua solidariedade ao povo de Goiás, informando que o governo de Santa Catarina também pretende vender a companhia energética do estado. "Se concretizada, a operação trará enorme prejuízo à população do estado".

07/11/2001

Agência Senado


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