Meio Ambiente: Projeto Pomar reinicia agendamento de visitas monitoradas para escolares



No passeio gratuito, alunos conhecem a estação de tratamento de água, o viveiro de mudas e a extensa área recuperada e jardinada

Num percurso a pé de uma hora e meia ao longo de áreas jardinadas da Marginal Pinheiros, estudantes visitam o pátio de compostagem – local onde restos de alimentos, aparas de grama, folhas secas e outros materiais são transformados em adubos orgânicos, e reutilizados na própria marginal para fertilizar plantas. O passeio gratuito inclui visita à estação de tratamento de água (em que 200 mil litros de água são tratadas diariamente para regar as plantas), o viveiro de mudas, exibição de vídeo sobre o histórico da iniciativa e do canal do Rio Pinheiros.

Essa atividade existe há seis anos, integra o Projeto Pomar e recebeu mais de 8 mil pessoas, entre grupos de estudantes, profissionais de áreas diversificadas e o público em geral. Para este ano, o agendamento das visitas monitoradas para as escolas, realizadas de segunda a sexta-feira, começou no início do mês. Normalmente são programados dois grupos por dia: um às 9 horas e outro às 14 horas, com no máximo 50 pessoas cada. Os interessados devem providenciar lanche e transporte até o local.

Pomar recebeu mais de 2 mil trabalhadores

O Projeto Pomar é resultado de parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e 18 empresas privadas. Desde 2000, o trabalho conjunto possibilitou o início da recuperação das margens do Rio Pinheiros e o cultivo de inúmeras espécies de plantas.  O biólogo do projeto, Alexandre Soares, explica que  o objetivo da iniciativa é cumprir duas metas: recuperar áreas degradadas pertencentes ao governo do Estado e oferecer emprego pelo Programa Frente de Trabalho da administração estadual.

Os cidadãos que participam das frentes trabalham durante nove meses, seis horas por dia, quatro vezes por semana. No quinto dia da jornada semanal, o bolsista faz cursos de qualificação profissional. Em seis anos do programa, o Pomar recebeu mais de 2 mil trabalhadores. Emprega 120 pessoas. Os grupos de alunos que participam do passeio recebem as orientações e informações dos monitores. O intuito é despertar a atenção dos visitantes para as diferentes espécies de plantas cultivadas, muitas em idade adulta.

Preás, teiús e capivaras

O jerivá, por exemplo, é a palmeira-símbolo do projeto por causa da sua proliferação abundante nas margens do Pinheiros. Nesta época do ano ocorre a floração exuberante das cássias e quaresmeiras. Essas e outras milhares de espécies cultivadas ao longo de 22 quilômetros, nas duas margens do rio, oferecem belo efeito paisagístico e abrigo para mais de 30 espécies de pássaros. Atrai, também, inúmeras borboletas e animais de pequeno e médio portes: preás, teiús e capivaras. No ano passado, 180 grupos – 7.634 pessoas – participaram de visitas monitoradas. Houve, ainda, outros 860 passeios espontâneos.

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