Meio Ambiente: Resina extraída do pínus pelo Instituto Florestal pode elevar renda do produtor



Trabalhadores do campo de todo o País podem ter acesso a sementes de espécies altamente produtivas

A resina extraída do pínus, de larga utilização industrial, pode significar fonte a mais de renda para o homem do campo. Isso é possível, principalmente, a partir das novas espécies desenvolvidas pelo Instituto Florestal (IF), da Secretaria do Meio Ambiente. Com elas, o produtor obtém maior quantidade da substância por árvore, tornando o volume total mais atraente para a comercialização. Nos pínus desenvolvidos pelo IF a estimativa de produção de resina é de 6 quilos por árvore/ano, enquanto nas plantas originadas de sementes comerciais a média é de 2,5 quilos árvore/ano. A substância serve de matéria-prima para a obtenção do breu (utilizado, por exemplo, na fabricação de adesivos, tintas e cola) e da terebintina (usada na fabricação de óleo de pinho, perfumes e substâncias químicas de composição mais complexas).

O Brasil – que antes de aderir a essa técnica era importador de resina – hoje exporta a substância e seus derivados. O País produziu, em 2004, aproximadamente 125 mil toneladas do produto. Os maiores produtores são os Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A tonelada da resina custa R$ 1,1 mil e a do breu, R$ 2,26 mil. Os maiores compradores são Argentina, Portugal e Espanha.

Processamento 

A extração da substância se dá com a remoção da casca mais grossa das árvores e posterior execução de estrias, por meio de ferramenta especial. A seguir, são instalados coletores (sacos plásticos) para receber o produto. O material é enviado para a indústria de processamento, onde é feita a filtragem, para a eliminação de impurezas, como pedaços de cascas e folhas, e destilação, da qual resulta uma parte sólida, o breu, e outra destilada, a terebintina.

O que determina o início da coleta de resina numa planta é o seu diâmetro, que deve ter mais de 12 centímetros. Isso ocorre, normalmente, a partir do oitavo ano de plantio. Portanto, a quantidade da resina significa investimento para médio ou longo prazo. A introdução dessas espécies vegetais nas estações experimentais do Instituto Florestal ocorreu a partir de 1955. O plantio servia, entre outras finalidades, para a seleção de árvores superiores em termos de forma, volume e resistência a doenças. Aspecto importante foi a escolha de plantas com alta produção de resina, propagadas mediante enxerto e, depois, plantadas nos chamados pomares.

Um dos aprimorados pelo instituto é o Pínus elliotii. Em seus pomares, o instituto colheu recentemente 300 quilos de sementes provenientes dessa espécie, que poderão ser adquiridas por interessados. Trata-se de quantidade suficiente para o reflorestar área de, aproximadamente, 6 mil hectares.

SERVIÇO

Para adquirir as sementes aprimoradas pelo Instituto Florestal, o interessado deve entrar em contato com o setor de sementes, pelo telefone (11) 6231-8555 – ramal 2005


05/31/2006


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