Mercadante rebate análise "apressada" de líder do PSDB sobre o governo



O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), rebateu o discurso -exigente, duro, implacável- do líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio Neto (AM), sobre os oito meses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Mercadante tachou a análise do ex-líder do governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso como -apressada- e disse não ter visto tal eloqüência quando, na gestão passada, a taxa de juros chegou a 45% ao ano e a dívida pública saltou de R$ 64 bilhões para R$ 850 bilhões.

Enquanto o senador tucano apontava falhas no atual governo, a liderança petista indagou onde ele estava nos últimos anos que não sugeriu a redução dos juros ou contestou o aumento do endividamento público e a venda de estatais.

- É preciso um pouco mais de humildade para reconhecer o êxito e avanços desse governo - declarou, passando a assinalar as conquistas obtidas desde janeiro de 2003.

Nesse período, Mercadante destacou o crescimento de 24% nas exportações, o que rendeu um superávit de US$ 13 bilhões na balança comercial -sem depender da privatização de estatais ou de empréstimos externos-. Em relação aos avanços no campo, assinalou o aumento de 23% na safra e os US$ 23 bilhões de saldo positivo no agronegócio, que gera 17,7 milhões de empregos. Conforme observou, o país está buscando a paz no campo por meio do incentivo à produção e à agricultura familiar, estratégia que deve prezar pelo respeito ao Estado de Direito, sem descuidar do diálogo com os movimentos sociais.

Em última instância, o senador petista argumentou que o esforço do governo para aprovar as reformas tributária e da Previdência revela seu compromisso de enfrentar problemas com coragem e firmeza, construindo uma base concreta e sólida para o desenvolvimento do país. Foi nesta perspectiva que Mercadante reiterou que as declarações de Arthur Virgílio revelavam um balanço apressado de quem, quando foi governo, não conseguiu baixar juros, gerar empregos e melhorar os indicadores sociais.



14/08/2003

Agência Senado


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