Militares brasileiros ajudam a melhorar situação sanitária do Haiti



A população de Porto Príncipe, no Haiti, começou a receber este mês a ajuda de militares brasileiros e japoneses para a desobstrução de canais e valas da cidade, antes da chegada da estação das chuvas. O objetivo é minimizar problemas causados pelo acúmulo de lixo, como inundações, propagação de doenças e interrupção do tráfego, além de melhorar a situação sanitária da capital haitiana.

A iniciativa, conhecida como Projeto Ravinas, atende a um pedido feito pelo governo do país caribenho à Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah).

Na primeira fase do projeto, 30 militares brasileiros da Companhia de Engenharia de Força de Paz no Haiti (Braengcoy) e 18 oficiais da Companhia de Engenharia do Japão atuam juntos na limpeza de um canal na Rue Capois, área central da cidade, próxima ao Palácio Nacional.

“A principal dificuldade desse trabalho é que a população joga nos canais pneus, latas, embalagens plásticas e de isopor, garrafas PET, além de todo o esgoto da área. A distância do local de coleta do material até o aterro sanitário também é uma barreira a ser superada”, explica o subtenente do Exército Antonio Ezequiel de Sousa Barros, que coordena as ações da Braengcoy.

Até a última quarta-feira (14), já haviam sido recolhidos 1.700 m³ de entulho no local, índice superior à meta prevista pelo governo do Haiti, que era de 1.600 m³. O maquinário empregado na região inclui duas escavadeiras, uma retroescavadeira, duas pranchas, dez caminhões basculantes e um caminhão de transporte de água.

Os trabalhos de limpeza são auxiliados pela Companhia de Engenharia da Guatemala e pelo 2º Batalhão de Infantaria Brasileiro (Brabat II). Enquanto a companhia guatemalteca fica responsável pelo apoio de segurança durante os deslocamentos, cabe ao Brabat II realizar a segurança no local da ação e armazenar os equipamentos, que ficam estacionados na base brasileira em Porto Príncipe.

Além da Rue Capois, militares brasileiros e japoneses irão trabalhar também na limpeza da favela Fort Dimanche.

Numa etapa posterior, as companhias de engenharia do Chile, Equador e do Paraguai vão ajudar a desobstruir os canais da favela de Village de Dieu, no sudoeste da capital haitiana. A primeira fase do projeto vai até o final de março e a duração estimada das duas etapas é de 70 dias.

 

Fonte:
Ministério da Defesa



20/03/2012 11:12


Artigos Relacionados


Missão de paz da ONU no Haiti terá novos militares brasileiros

Amorim anuncia saída de 257 militares brasileiros do Haiti

Trabalho de militares brasileiros no Haiti é tema de livro

Aprovado envio de mais 1.300 militares brasileiros ao Haiti

Romeu Tuma registra participação em homenagem a militares brasileiros mortos no Haiti

Ex-assessor parlamentar do Exército no Senado é um dos 18 militares brasileiros mortos no terremoto do Haiti