Ministro Rebelo fala sobre Copa 2014 à rádio colombiana



O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, concedeu na manhã desta quarta-feira (02) entrevista à rádio W, da Colômbia, com retransmissão para Panamá, Estados Unidos e Espanha. Aldo Rebelo respondeu perguntas de jornalistas sobre a preparação do Brasil para a Copa do Mundo da FIFA 2014 e os investimentos nas cidades-sede.

- Confira as respostas: 

Mundial de 2014
Temos 12 cidades-sede da Copa, do Norte do país, da cidade de Manaus, até o extremo sul, em Porto Alegre. Já temos seis estádios entregues que foram usados na Copa das Confederações. Até dezembro, teremos mais seis estádios. Assim, os 12 estádios para a Copa serão entregues seis meses antes do início da competição.

Manifestações
Creio que teremos na Copa do Mundo um Brasil tranquilo e pacífico porque as pessoas desejam uma festa para o futebol no Brasil. Quando forem selecionados os países classificados para a Copa e começarem a chegar ao país, acredito que teremos um ambiente de festa, de confraternização e não de protesto.

Os protestos nas ruas tiveram como reivindicações principalmente a situação do transporte público, da saúde e da educação. O tema da Copa apareceu em quinto ou sexto lugar de importância para as pessoas que protestaram nas ruas.

Obras  
Os estádios para a Copa estão sendo construídos pelas mais experientes e importantes empresas de construção civil do país. São empresas que têm obras em todo o mundo, que tem uma elevada capacidade na construção civil.

A obra do aeroporto de São Paulo é uma obra de consórcio internacional que conquistou a administração do terminal da cidade. Não é propriamente uma obra para a Copa, mas para o aeroporto, que já estava prevista independentemente do Mundial e que seria realizada de qualquer maneira.

Como teremos a Copa do Mundo em 2014, as pessoas pensam que todas as obras de transporte público e mobilidade urbana são para o Mundial. É bom esclarecer que essas obras estavam previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e que elas seriam realizadas independentemente de termos a Copa do Mundo no Brasil.

Especificamente para a Copa, teremos as obras dos estádios. Mesmo assim, alguns clubes estão construindo suas próprias arenas. Uma das mais belas será a do Palmeiras, em São Paulo, e que não está destinada à Copa. Outra arena moderna é a do Grêmio, em Porto Alegre, que também não está destinada para ao Mundial. A do São Paulo Futebol Clube também está sendo reformada.

Hotelaria
O governo tem os instrumentos para fiscalização e controle dos preços dos hotéis. Quando a cidade do Rio de Janeiro recebeu a Rio+20 (Conferência Mundial do Meio Ambiente), também tivemos problemas com os preços dos hotéis. Alguns estabelecimentos tiveram que devolver uma parte do dinheiro que cobraram aos seus clientes.

Há também a ampliação da rede hoteleira. Somente uma cadeia de hotéis da França está investindo no Brasil R$ 2 bilhões para a ampliação da sua rede de hotéis no Brasil.

Nós teremos o risco de uma super-oferta e, portanto, uma depreciação dos preços na época da Copa e das Olimpíadas. Da mesma forma, os ingressos das partidas da Copa contam com quatro preços diferentes. Uma parte desses ingressos é acessível para a população de baixa renda, estudantes e indígenas.

Polêmica de Manaus
A proposta da transformação do estádio de Manaus em uma prisão é uma ideia maluca de pessoas que não entendem de futebol nem de justiça. Portanto, não é uma ideia que foi considerada séria nem em Amazonas nem em Brasília.

Manaus é uma metrópole importante para o país. Hoje é um grande destino turístico nacional e internacional. A cidade sediou a Conferência Internacional de Jornalistas, o Congresso Internacional de Engenharia. É uma metrópole de mais de 400 anos e que tem todas as condições de ter um estádio moderno, não apenas para o futebol, mas para outros eventos, como congressos, feitas e espetáculos.

Não existe da parte do governo nenhuma dúvida de que Manaus realizará uma Copa do Mundo exemplar.

Investimentos na Copa
O custo do Mundial no Brasil será de cerca de US$ 13 bilhões. Esse não será o custo propriamente da Copa. Para os estádios, por exemplo, não existe dinheiro do Orçamento da União, mas empréstimos para empresas privadas. O que existe são investimentos para as obras de mobilidade urbana e aeroportos. Esse é o investimento do governo, que seria realizado independentemente da Copa. Ou seja, 70% dos investimentos públicos são para obras que seriam realizadas independentemente da realização da Copa do Mundo e que foram antecipadas para beneficiar a população das 12 cidades-sede. Não é propriamente um gasto com a Copa.

Fonte:
Ministério do Esporte 



02/10/2013 16:51


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