Monitores fiscalizam praias e cachoeiras de São Sebastião durante o verão
Ações ocorrem desde o final do mês de dezembro do ano passado.
Desde o final de dezembro, monitores contratados pelo Núcleo de São Sebastião do Parque Estadual da Serra do Mar - PESM, administrado pela Fundação Florestal, vem realizando ações pontuais de fiscalização, educação ambiental e conscientização de moradores e turistas, visando conter a degradação ambiental em praias desertas, cachoeiras e trilhas menos conhecidas, numa das mais belas regiões do Litoral Norte. A atividade, que vai continuar durante toda a temporada de verão, tem rendido ações heróicas inclusive, como no último domingo (13/01), quando cerca de 40 pessoas ficaram ilhadas e foram socorridas pelos monitores e policiais militares.
O problema ocorreu junto à Cachoeira Ribeirão de Itu, em Boiçucanga. Segundo informações do diretor do PESM, Edson Lobato, as cerca de 40 pessoas ficaram ilhadas durante o retorno do passeio até o principal atrativo da cachoeira, o poção e que fica na segunda queda da cachoeira. Ele explicou que as pessoas costumam passar o rio, vão para a trilha e, no retorno, por ocasião de chuvas fortes, ficam sem condições de atravessar o rio de volta. Foi o que aconteceu. Uma pancada de chuva de verão aumentou o volume de água na cabeceira, o que fez com que elas ficassem ilhadas.
Pouco antes, com o auxílio da PM, que fornece apoio nessas ações do PESM, os monitores haviam percebido a chegada da chuva e foram até o local para avisar as pessoas, que deviam sair do local antes dos primeiros sinais de chuva. Mas o grande número de pessoas impediu que todos recebessem o recado. Durante algumas horas, mulheres seguravam seus filhos, apavoradas com a situação. Em função de ocorrências como essa, o monitoramento do local tem sido feito constantemente, segundo Lobato, e durante o final de semana, os monitores têm permanecido nesses locais para alertar as pessoas.
O diretor do parque lembra também que com o tempo seco e as altas temperaturas, a procura pelas cachoeiras é constante, porém é preciso se prevenir e tomar os cuidados necessários, pois elas também escondem perigos que os veranistas nem sempre enxergam. Há registro de acidentes fatais nesse local.
A idéia é dar continuidade no trabalho de monitoria depois da temporada, mas isso depende de parcerias, conforme Lobato. “O ideal é que esse trabalho ocorra o ano inteiro e possa ser uma atividade sustentável para gerar uma nova economia. Conservar é saber usar”, complementou.
Secretaria Estadual do Meio Ambiente
(M.S.)
01/20/2008
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