MORRE O SENADOR HUMBERTO LUCENA
Duas vezes presidente do Senado e com 43 anos de mandato parlamentar, morreu hoje (13), às 19h30, em São Paulo, o senador Humberto Lucena, que representava o PMDB da Paraíba. O translado do corpo deverá ser feito até amanhã para Brasília, realizando-se o velório no Salão Negro do Congresso. O enterro será na Paraíba.
Lucena morreu na Unidade de Terapia Intensiva do Incor. Estavana companhia da filha Iraê, gêmea de Humberto Júnior. O senador deixa ainda as filhas Lisle e Thaís, e a viúva Ruth Maria Heusi de Lucena. Internado desde 19 de fevereiro deste ano, ele foi submetido a cirurgia no dia 3 de março, quando recebeu duas pontes de safena e uma mamária. Lucena retirou também um aneurisma e fez uma delicada cirurgia de desfibrilização.
Ultimamente, seus rins não estavam funcionando bem, o que motivou a sobrecarga do coração e a falência do fígado. Nesta semana, o senador já tinha sofrido duas paradas cardíacas. Estava sedado por medicamentos quando morreu.
Lucena deixou consternado o povo paraibano, amigos e funcionários que o serviram. A notícia de sua morte deixou congestionados os telefones do seu gabinete, com ligações oriundas sobretudo de João Pessoa, onde nasceu. Ele faria 70 anos no próximo dia 22 de abril.
Seu primeiro mandato de deputado estadual foi conquistado em 1951 e ele reelegeu-se em 1955. Foi deputado federal por quatro legislaturas e seu primeiro mandato de senador foi conquistado em 1978. Em 1987 foi eleito pela primeira vez presidente do Senado, reelegendo-se para o mesmo cargo em 1993. Na qualidade de presidente do Congresso, ele presidiu os trabalhos da Revisão Constitucional.Foi também líder do PMDB de 1991 a 1992.
O Regimento Interno do Senado determina que, falecendo parlamentar em período de funcionamento da Casa, o presidente comunicará o fato aos senadores, propondo que a sessão plenária seja dedicada a reverenciar a memória do morto. O plenário deliberará sobre isso.
O primeiro suplente do senador chama-se José Wellingotn Roberto, é filiado ao PMDB e deverá assumir para exercer um mandato que só se encerrará em 2002.13/04/1998
Agência Senado
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