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Música: Traditional Jazz Band em única apresentação domingo no Museu da Casa Brasileira

Serão apresentados temas do jazz tradicional e músicas selecionadas do novo CD Traditional Jazz Band Brasil – 40 Anos

Após regressar da turnê pelos Estados Unidos, a Traditional Jazz Band fará única apresentação neste domingo, no Museu da Casa Brasileira, às 11 horas. O grupo é apontado pela crítica especializada como um dos melhores do jazz no Brasil. No espetáculo, serão apresentados temas do jazz tradicional e músicas selecionadas do novo CD Traditional Jazz Band Brasil – 40 Anos. O show faz parte do Projeto Música no Museu e será realizado no terraço do Museu da Casa Brasileira, defronte ao jardim de 6,6 mil metros quadrados. O projeto tem curadoria do músico e historiador Carlinhos Antunes.

Criada em 1964, a Jazz Band é a única banda brasileira do ritmo a manter sua atividade de forma ininterrupta há 28 anos com a mesma formação: Cidão Lima (bateria e washboard), Edo Callia (piano), Carlos Chaim (contrabaixo), Eduardo Bugni (guitarra e banjo), William Anderson (trombone), Marcos Mônaco (clarinete e sax) e Austin Roberts (trompete). O grupo lançou 21 CDs. O primeiro, em 1969 e o mais recente, intitulado Traditional Jazz Band Brasil – 40 anos, neste ano, durante turnê nos EUA. No repertório tem composições de grandes mestres do jazz como Duke Ellington, Fats Waller, Count Basie, entre outros.

O humor é outra característica que está presente durante os shows. O clima é descontraído e informal, misturando música, informação e, muitas vezes, os artistas da banda dão a impressão de estarem se divertindo mais que a própria platéia. "Somos um grupo de amigos que se diverte ao tocar para amigos que gostam de jazz", declaram em coro. O público corresponde aos músicos nas apresentações. Em alguns temas canta com a banda além de acompanhar as músicas balançando o corpo, enquanto os mais entusiasmados aplaudem os eventuais solos dos instrumentistas.

O grupo excursionou pelos Estados Unidos, Argentina, Chile e Paraguai. “Somos a única banda de jazz catalogada em museus e festivais de jazz internacionais”, completa Cidão. Tem como característica o fato de os seus integrantes não dependerem apenas da música. Exercem outras profissões, o que é considerado pelos músicos um dos pilares de sustentação do grupo e o segredo da permanência e união durante tantos anos. “O que é um prazer para nós seria uma obrigação se tivéssemos de viver da música. Quando subimos ao palco queremos que o público se divirta tanto quanto nós vamos nos divertir tocando”, diz Cidão. No currículo dos rapazes estão incluídas centenas de shows no Brasil e no exterior, participações em festivais internacionais, programas de TV, espetáculos e participações em cinco filmes de longa-metragem.

Palestras Shows 

A banda explora outra vertente: a promoção de “palestras shows”, especialmente organizadas para empresas, que gera repercussão no mercado empresarial. Durante os ensaios, aborda conceitos do universo musical úteis no ambiente de trabalho – a importância do trabalho em equipe, da liderança, da motivação e improvisação. “Se um instrumento está desafinado atrapalha o resto do grupo. A mesma idéia pode ser aplicada numa empresa”, exemplifica Cidão.

Os sete integrantes da TJB participaram com grande sucesso da 33ª edição do maior festival de jazz tradicional Sacramento Jazz Jubilee, realizado na Califórnia (EUA). O grupo foi aclamado pelo público e pela imprensa estrangeira. O pianista Edo Callia foi um dos destaques do Pionarama, evento que reúne anualmente os 16 melhores pianistas de jazz tradicional do mundo. Seguidora dos grandes mestres do gênero, a banda adicionou ao programa apresentado durante a turnê nos EUA o espírito “verde e amarelo” ao estilo, criando a primeira versão mundial de jazz temperado com samba para In the Mood, um dos maiores sucessos de Glen Miller.

Tocou canções da música popular brasileira como Samba de uma nota só, Garota de Ipanema e Aquarela do Brasil, sem esquecer os grandes clássicos do gênero. Paralelamente ao festival, a Traditional Jazz Band apresentou-se em Nova York, Chicago e Boston, totalizando 20 shows entre os dias 12 e 25 de maio. Para cumprir contratos assumidos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Minas Gerais, os artistas foram obrigados a recusar convites para exibições nos meses de junho e julho em Miami, São Francisco, Washington e Baltimore. Para Cidão Lima, o sucesso da banda brasileira se deve à capacidade de entretenimento e comunicação com a platéia durante os shows. “Amamos o que fazemos e transmitimos isso para o nosso público.”

Novo CD 

O Traditional Jazz Band Brasil – 40 anos é uma produção independente da TJB Empreendimentos Artísticos.  É o 21º álbum da banda, que recebeu elogios da crítica norte- americana. São 15 músicas temperadas no mais puro jazz de New Orleans. Todas as canções são resultado de improviso coletivo e trazem uma releitura de alguns clássicos do jazz. “O repertório mostra para o ouvinte o resumo de um período importante da nossa carreira que reúne as canções mais representativas da nossa trajetória”, comenta o pianista Edo Callia.

No repertório do novo trabalho, o destaque fica para a letra da canção C’ est si bon, para o arranjo especial da música Swingin’ the blues e para a releitura do grande clássico do jazz tradicional de New Orleans The Darktown strutter’s ball”, entre outras. Além disso, este novo álbum foi lançado no mercado internacional durante a 33ª edição do Sacramento Jazz Jubilee, renomado festival norte-americano, que ocorreu no mês passado. O álbum pode ser adquirido pelo site do grupo: www.jazzband.com.br, na Livraria Cultura ou durante os shows.

SERVIÇO

Música no Museu – Traditional Jazz Band

Museu da Casa Brasileira

Terraço Av. Brig. Faria Lima, 2.705 – Jardim Paulistano – Tel. 3032-3727

Capacidade: 230 lugares – Duração: 60 minutos

Neste domingo, às 11 horas – Entrada franca

Site www.mcb.sp.gov.br

Estacionamento no local com vagas limitadas: R$ 10

Acesso a portadores de de

06/02/2006

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