Na Bahia, a festa do Nosso Senhor do Bonfim se torna Patrimônio Imaterial do Brasil



Realizada há quase 300 anos, a festa do Nosso Senhor do Bonfim, comemorada em Salvador (BA), foi reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A partir de agora a festa será acompanhada por técnicos do Instituto além de ter os elementos constitutivos monitorados.

Considerada como um dos bens protegidos pelo Iphan, a comemoração da festa, dia 5 de junho, passa a ter manifestações

populares como, por exemplo, o cortejo, a procissão, a missa solene, a lavagem de escadarias e o terno de reis. “Temos o registro da história do bem, como nasceu, como evoluiu e como está hoje.”, destaca Carlos Amorim, superintendente do Iphan na Bahia.

No estado da Bahia, o ofício das baianas de acarajé, a capoeira e o samba de roda do recôncavo baiano já são considerados bens protegidos. Para o presidente da Fundação Cultural Palmares, a decisão do conselho consultivo do Iphan reconhece a importância de uma das maiores manifestações culturais do País.

Senhor do Bonfim

As homenagens dedicadas ao Senhor do Bonfim começaram em 1745 quando a imagem do santo foi trazida pelo capitão Português Teodósio Rodrigues de Farias, em cumprimento a uma promessa por ter sobrevivido a uma forte tempestade. O ritual da Lavagem das escadarias da igreja veio também deste período, quando os escravos eram obrigados a lavar o templo para a festa celebrada no segundo domingo após o Dia de Reis (6 de janeiro).