NABOR JÚNIOR CONDENA "ACIRRAMENTO DE PAIXÕES" NA POLÍTICA ACREANA
Todos os homens públicos têm adversários políticos, mas isso não autoriza a sua transformação "em inimigos odiados e odientos", afirmou nesta sexta-feira (dia 25) o senador Nabor Júnior (PMDB-AC) a propósito do acirramento de ânimos e posições que estaria ocorrendo no Acre. A seu ver, tal clima só encontraria correspondência "no auge do regime autoritário".Com base no noticiário e nos editoriais dos principais jornais locais, o senador referiu-se a pronunciamentos do líder do governo na Assembléia Legislativa do estado, segundo o qual o governador Jorge Viana teria condicionado a visita de Fernando Henrique Cardoso ao Acre à liberação de recursos para as BRs do estado. Sem acusarem diretamente o governador como promotor do clima de confronto com o poder central, os editoriais da imprensa passaram a cobrar um posicionamento claro de Jorge Viana, com o que concorda o senador.- É estéril a discussão para saber se Jorge Viana está atrás disso. Ele precisa, isso sim, tomar a dianteira e determinar a seus aliados que esse não é o melhor caminho - opinou.Para Nabor Júnior, sua própria história política esclarece o porquê de semelhante posição. Deputado estadual, deputado federal e, depois, governador da oposição emedebista no período autoritário, o senador disse que, "como governador civil convivendo com o regime militar, a que sempre fiz oposição, jamais deixei de buscar o diálogo franco, aberto, democrático, altaneiro, com o poder central".Além de considerar o acirramento das paixões políticas um ingrediente nefasto, o senador disse acreditar que a defesa das propostas político-eleitorais e a firmeza dos princípios administrativos são compatíveis com o diálogo e o respeito aos que, na vida pública, colocam-se em campos contrapostos. Essa tolerância, a seu ver, seria a essência da "ciência de governar", definida por ele como meio de "corrigir, construir, reformar". Os adversários políticos não precisam se omitir nem abandonar suas convicções no exercício da necessária tolerância, mas, no seu entender, não é lícito transformar princípios "em armas que agridem mais a sociedade do que as pessoas visadas por sua violenta utilização".
25/06/1999
Agência Senado
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