No Senado, Roriz pretende defender a reforma tributária
No Senado Federal, Joaquim Roriz (PMDB-DF) pretende dedicar-se especialmente à defesa deuma ampla reforma tributária, que garanta uma justa distribuição de renda para todo o Brasil. Em entrevista nesta terça-feira (3) à Agência Senado, Roriz, que se desincompatibilizou como governador do Distrito Federal para concorrer ao Senado, manifestou sua opinião de que a reforma tributária é o caminho que irá colaborar com o desenvolvimento do Brasil e, ao mesmo tempo, proteger Brasília desse "processo migratório tão violento" que a cidade enfrenta.
- Se houver uma reforma tributária justa que garanta uma distribuição de renda equilibrada para todos os municípios, haverá emprego, escolas, saúde e segurança em todas as cidades, reduzindo o processo migratório para Brasília e suas cidades - garantiu o senador eleito com 657.217 votos, o que representou 51,83% dos votos válidos de todo o Distrito Federal.
Na opinião de Roriz, no entanto, essa reforma tributária só será realmente satisfatória se atender a três pontos básicos. O primeiro é a simplificação de impostos para os brasileiros "com o mínimo possível de rubricas", sem que haja, com isso, prejuízo na receita do governo. O combate rigoroso à sonegação deve ser o segundo ponto perseguido pela reforma tributária, que deve ainda garantir - como terceiro ponto - uma distribuição justa e ampla de renda em todo o Brasil.
A renovação de vários nomes no cenário político do Congresso Nacional e nos estados nestas eleições é, segundo o futuro senador, um processo que deve ser encarado com normalidade, pois os "políticos envelhecem e precisam ser trocados por lideranças mais novas", o que, na opinião de Roriz, faz bem para o regime democrático.
- A renovação provou que a ética terá que prevalecer, pois sem ética e sem honradez não se faz política. O Brasil não aceita mais isso - destacou Roriz.
O ex-governador do Distrito Federal é favorável também a uma reforma política no Brasil, desde que ela venha de um processo de amadurecimento.
- Sou favorável, mas com certo cuidado, pois uma proposta como essa tem de ser amadurecida - acredita o futuro senador.
Para abrir caminho para a reforma política, Roriz acredita que é preciso haver antes uma "acomodação e um ajustamento" das forças políticas que estão surgindo a partir desta última eleição, principalmente após o impacto criado pela chamada cláusula de barreira, que poderá reduzir substancialmente o número de partidos políticos.
Ao concluir a entrevista, Roriz acentuou mais uma vez:
- Quero deixar claro que não há nada melhor para o país do que uma boa reforma tributária, pois, por menor que seja o município, tem de haver receita suficiente para construir escolas, garantir saúde e segurança para todos, comprar medicamentos e fazer obras de infra-estrutura. Aí o país volta a crescer - garantiu o futuro senador pelo PMDB do Distrito Federal.
03/10/2006
Agência Senado
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