Nordeste e Centro-Oeste se destacam no PIB



De 2008 para 2009, as regiões Nordeste e Centro-Oeste aumentaram suas participações no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (0,4 ponto percentual cada uma), enquanto a participação do Sudeste continuou caindo (-0,7 ponto percentual) e a das regiões Norte e Sul tiveram ligeira queda (-0,1 ponto percentual cada uma). Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar desse movimento, a economia brasileira ainda é bastante concentrada: oito estados detinham 78,1% do PIB nacional em 2009, sendo que a maior participação continua sendo de São Paulo (33,5%, equivalente a mais de R$ 1 trilhão). Nesse ranking, Santa Catarina, apesar de ter perdido apenas 0,1 ponto percentual, caiu da sexta para a oitava posição, sendo ultrapassado por Bahia e Distrito Federal.

Entre 2008 e 2009, Rondônia foi o estado brasileiro que teve o maior crescimento em volume (7,3%) do PIB, embora tenha mantido uma participação relativamente baixa (0,6%) no PIB nacional. Nesse intervalo, o Espírito Santo registrou a maior queda (-6,7%).

Em 2009, o menor PIB per capita brasileiro foi o do Piauí (R$ 6.051,10), bem abaixo da média nacional (R$ 16.917,66), ao passo que o maior foi o do Distrito Federal (R$ 50.438,46).


Regiões

As regiões que registraram avanço na participação no PIB entre 2002 e 2009 foram o Centro-Oeste (0,8%), Nordeste (0,5%) e Norte (0,3%). As três regiões totalizavam 26,4% do PIB em 2002 e passaram a representar 28,1% do total em 2009.

As regiões Nordeste e Centro-Oeste foram as que mais avançaram suas posições relativas entre 2008 e 2009, com 0,4 ponto percentual cada uma, chegando a 13,5% e 9,6% de participação no PIB, respectivamente.

Os maiores estados do Nordeste, Pernambuco e Bahia, puxaram o avanço de 0,4 ponto percentual de participação da região entre 2008 e 2009. Em relação a 2002, o crescimento foi de 0,5 ponto percentual. Este movimento foi acompanhado pela maioria dos estados da região, com destaque para o Maranhão, que avançou 0,2 ponto percentual de participação no período.

Entre 2008 e 2009, os melhores resultados no Centro-Oeste foram os de Goiás e Distrito Federal, que avançaram 0,2 ponto percentual cada um. No caso de Goiás, as atividades que contribuíram foram a indústria e a agropecuária. No caso do Distrito Federal foi a atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social. A região avançou sua participação cerca de 0,8 ponto percentual desde 2002. Todos os estados tiveram aumento de participação nesse período: Mato Grosso (0,4 ponto percentual); Distrito Federal (0,3 p.p.); Mato Grosso do Sul (0,1 p.p.) e Goiás (0,1 p.p.).

A região Sudeste perdeu 0,7 ponto percentual de participação em relação a 2008. Apenas o estado de São Paulo ganhou participação no PIB em relação a 2008 (0,4 p.p.); Minas Gerais (-0,5 p.p), Espírito Santo (-0,1 p.p.) e Rio de Janeiro (-0,4 p.p.) perderam participação. Parte do avanço da economia de São Paulo foi creditada à diversificação da sua economia, que ganhou participação relativa em função da perda de participação dos estados muito especializados da região. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo são grandes produtores de commodities, que em 2009 tiveram queda nos preços em razão da crise internacional (petróleo e gás natural exercem influência no Rio de Janeiro e Espírito Santo, enquanto minério de ferro influencia Espírito Santo e Minas Gerais).

Na região Sul, o Paraná manteve a participação relativa, o Rio Grande do Sul avançou 0,1% e Santa Catarina, que além da crise mundial, também se ressentia da tragédia das chuvas no final de 2008, perdeu 0,1% de participação entre 2008 e 2009.

Na região Norte houve pequena perda de participação, de 0,1%, entre 2008 e 2009, influenciada pelo desempenho do Pará, maior estado da região, que perdeu 0,1 p.p de participação, muito em razão da especialização na extração de minério de ferro. Os demais estados da região, mesmo o Amazonas, muito dependente da indústria de transformação, mantiveram-se praticamente estáveis em suas posições relativas. Contribuíram para isso a baixa dependência do consumo externo e o peso do setor público, que não foi afetado pela crise mundial.

Essas e outras informações estão na publicação das Contas Regionais do Brasil 2005-2009, que pode ser acessada no site do IBGE.


Fonte:
IBGE 



23/11/2011 12:14


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