Novo presidente da Representação Brasileira no Mercosul será eleito segunda-feira em Montevidéu



A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul decidiu na quarta-feira (23) adiar para esta segunda-feira (28), em Montevidéu, a eleição de seu novo presidente. A proposta de adiamento partiu do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que defendeu a necessidade de consenso em torno de um nome para a presidência e um plano de trabalho para a comissão.

A eleição ficou marcada para as 8h30 de segunda, pouco antes da 9ª Reunião Plenária Ordinária do Parlamento do Mercosul.

- Não será bom fazermos essa escolha aqui hoje. Mesmo porque há muitos senadores ausentes. Até lá, teremos tempo de conversar e chegar a uma proposta de trabalho, muito mais que a um nome, porque há grandes desafios nos aguardando, e um exemplo é o conflito em torno da usina de Itaipu - observou Mercadante, que foi indicado como candidato por alguns parlamentares presentes.

O senador por São Paulo salientou que não se sentia em condições de disputar a eleição com o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), candidato auto-indicado. A favor de Mercadante, no entanto, o deputado Max Rosemann (PMDB-PR) argumentou que se trata de um parlamentar de destaque, respeitado internacionalmente, e capaz de dar à representação brasileira a importância que deve ter.

Arruda também declarou não querer uma disputa com Mercadante, mas rejeitou a idéia de que o escolhido deveria ser julgado por critérios como "a envergadura". Ele disse considerar a escolha como uma disputa política usual, a exemplo das que têm lugar nas comissões do Congresso Nacional.

- Só disse que topava ser o presidente porque consultei o próprio Mercadante e ele me informou que não sairia candidato - disse Inácio Arruda.

Outro citado como alguém com preparo e prestígio para o cargo foi o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que recusou a oportunidade pela segunda vez. Mercadante observou que a tarefa de tornar a comissão operante e visível "será monumental". Além dele, parlamentares como Rosemann e o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) observaram que os brasileiros pouco sabem sobre a representação brasileira no Parlamento do Mercosul. Ignoram também que terão de eleger seus membros em 2010.

A falta de importância atribuída à comissão foi justamente a alegação do senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) para renunciar ao mandato de dois anos, que agora será completado pelo eleito na segunda-feira. Em discurso pronunciado da tribuna do Senado no último dia 14, Mesquita Júnior disse que considerava "uma falta de respeito" aos 18 parlamentares (nove deputados e nove senadores) o fato de que vários ministros de Estado não responderam aos convites da comissão para debater temas relativos a suas pastas e ao Mercosul.

Desde a renúncia de Mesquita Júnior, o deputado Cláudio Diaz (PSDB-RS) assumiu interinamente a presidência da representação. No início do ano que vem a representação elegerá o presidente para um novo mandato de dois anos. A vaga, por rodízio, caberá a um deputado.



23/04/2008

Agência Senado


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