Novos convênios incrementam arte na Fundação Casa



100 arte-educadores de três ONGs vão atender adolescentes

O ensino de arte e cultura aos adolescentes da Fundação Casa ganha nova dimensão com a assinatura de convênios com três especializadas. Com isso, quase 100 arte-educadores de três ONGs vão atender adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação.

O objetivo principal é aliar o ensino de técnica ao conteúdo e contextualizar historicamente as várias manifestações culturais nacionais e internacionais foi atingido.

“Precisávamos desse diferencial e por isso buscamos ONGs, via edital público, que fossem referência no setor de arte e cultura, competentes e com prestígio público”, explica o gerente de Arte e Cultura da Casa, Guilherme Astolfi Nico.

Por meio do convênio, as ONGs vão atender as unidades de internação de gestão plena por cerca de um ano.

Nas divisões regionais do Vale do Paraíba, Litoral e Campinas,  os trabalhos de arte e cultura serão desenvolvidos e aplicados pelo Centro de Educação e Assessoria Popular (Cedap).

A Divisão Regional Metropolitana I (Franco da Rocha), a DRM III (Brás) e a DRM IV (Raposo Tavares) vão ser atendidas pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).

A ONG Ação Educativa vai trabalhar com as Divisões Regionais Metropolitanas II e V (Vila Maria).

Segundo Astolfi, os novos conveniados acrescentarão qualidade ao atendimento porque já desenvolvem ações na área da educação e cultura. “Levamos em conta que essas ONGs compartilham da mesma visão pedagógica da Fundação e vêm somar na busca da nossa proposta e política para o atendimento socioeducativo de um modo geral.”

Ação de arte e cultura com diretriz

Com os novos convênios, o ensino de arte e cultura estará em consonância com o plano pedagógico das unidades. “As ações pedagógicas estarão entrelaçadas e as organizações vão produzir cadernos de referência para dar diretriz ao trabalho”, explica Astolfi. Segundo ele, as ONGs vão fazer um estudo monográfico registrando o conhecimento construído nas oficinas.

Para firmar ainda mais o direcionamento dos trabalhos desenvolvidos, a Fundação e as conveniadas vão oferecer aos arte educadores acompanhamento de especialistas nas áreas e capacitações.  “Eles terão capacitação continuada já prevista e amparada pelo convênio”, afirma Astolfi.

Ainda de acordo com o convênio, o arte-educador vai ter carga horária destinada às oficinas culturais, mais cinco horas semanais para participar das capacitações, planejar as aulas, participar de reuniões junto com o setor pedagógico da unidade, ensaios e apresentações em eventos especiais.

“Essa é uma solicitação antiga, que dará melhores condições para o trabalho e é um salto de qualidade.”

Da Fundação Casa



09/03/2008


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