Número de carteiras assinadas cresce 3,5% no setor privado em setembro



O número de trabalhadores do setor privado com carteira assinada cresceu 3,5% em setembro, na comparação com o mesmo período de 2012. O dado faz parte dos resultados da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (24).

Isso representa uma geração de mais 339 mil novos postos, empregando, atualmente 11,8 milhões de pessoas. Em comparação com agosto de 2013 dos dados mostram uma situação de estabilidade no setor.

O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.908) aumentou 1,0% em relação a agosto (R$ 1.888,50) e 2,2% em relação a setembro de 2012 (R$ 1.866,60).

A pesquisa também mostra que a taxa de desemprego se manteve estável em setembro. Segundo o IBGE, a desocupação ficou estimada em 5,4%, não apresentando variação significativa em relação a agosto de 2013 (5,3%) e se mantendo igual ao índice registrado em setembro de 2012 (5,4%).

A população desocupada, aproximadamente 1,3 milhão de pessoas) também apresentou estabilidade tanto em relação a agosto de 2013 quanto a setembro de 2012. A população ocupada (23,2 milhões) não variou significativamente frente aos meses de agosto de 2013 e setembro de 2012.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,8 milhões) ficou estável em relação a agosto e cresceu 3,5% na comparação anual, representando um adicional de 399 mil postos de trabalho com carteira assinada. O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.908) aumentou 1,0% em relação a agosto (R$ 1.888,50) e 2,2% em relação a setembro de 2012 (R$ 1.866,60).

O rendimento médio real habitual (44,7 bilhões) apresentou alta de 0,9% frente a agosto de 2013 e de 2,8% frente a setembro de 2012. O rendimento real efetivo dos ocupados (44,5 bilhões em agosto de 2013) cresceu 0,9% na comparação com julho de 2013 e 2,4% na comparação com agosto do ano passado.

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página

Desocupação fica estável em todas as regiões frente a agosto

Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação não registrou variação significativa em nenhuma das regiões metropolitanas pesquisadas. No confronto com setembro de 2012, foi observada variação significativa apenas em Salvador, onde subiu de 6,2% para 9,3%.

O contingente de desocupados (pessoas sem trabalho que estão tentando se inserir no mercado) em setembro de 2013 foi estimado em 1,3 milhão de pessoas no agregado das seis regiões investigadas, refletindo estabilidade na comparação com agosto de 2013 e também frente a setembro do ano passado. No confronto com setembro de 2012, verificou-se alta no número de desocupados na região metropolitana de Salvador (54,7% ou 67 mil pessoas) e estabilidade nas demais regiões.

Nível da ocupação fica em 54,0%

O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em 54,0% para o total das seis regiões, não apresentando variação em relação a agosto de 2013. No confronto com setembro de 2012 (54,5%), esse indicador diminuiu 0,5 pontos percentuais. Regionalmente, na comparação mensal, todas as regiões mantiveram estabilidade. Frente a setembro de 2012, esse indicador apresentou redução em Belo Horizonte e em Recife (3,1 e 1,6 pontos percentuais, respectivamente) e nas demais regiões não se verificou variação significativa.

Analisando o contingente de ocupados segundo os grupamentos de atividade, de agosto para setembro de 2013, não houve variação significativa em nenhum dos grupamentos pesquisados no total das seis regiões. Na comparação com setembro de 2012, foi verificada elevação na Educação, saúde, administração pública (3,8%) e declínio nos Serviços domésticos (-10,6%), enquanto os demais grupamentos não apresentaram movimentação estatisticamente significativa.

Na comparação anual, rendimento médio aumenta em quatro das seis regiões

Regionalmente, em relação a agosto, o rendimento dos trabalhadores subiu nas regiões metropolitanas de Salvador (1,9%), Rio de Janeiro (2,4%) e São Paulo (1,0%). Ficou estável em Recife e Belo Horizonte e apresentou declínio em Porto Alegre (2,0%). Frente a setembro de 2012, houve alta no Rio de Janeiro (6,8%), Porto Alegre (3,5%), São Paulo (0,9%) e em Belo Horizonte (0,5%). Caiu em Salvador (2,7%) e Recife (0,8%).

Na classificação por grupamentos de atividade, para o total das seis regiões, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a agosto de 2013 foi na Indústria extrativa (3,2%), e a maior queda nos Serviços prestados á empresas (-2,5%). Na comparação anual, observou-se aumento de 5,1% nos Serviços domésticos e queda no grupamento de Serviços prestados à empresa (-1,0%).

Já na classificação por categorias de posição na ocupação, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido se deu dentre os empregados sem carteira no setor privado, tanto na comparação mensal (2,5%) quanto na comparação com setembro de 2012 ( 8,4%).


Fonte:

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística



24/10/2013 15:28


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