Número de postos de trabalho aumentou 20% nos últimos 10 anos no País



As oportunidades de trabalho no Brasil cresceram nos últimos 10 anos, quando 16 milhões de novos postos de trabalho foram criados. A estatística representou um aumento de 20% na quantidade de vagas disponíveis. Em 2001, eram 76 milhões de postos de trabalho, com uma evolução para 92 milhões em 2011. Os dados são do 4º Caderno Vozes da Nova Classe Média, lançado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, no dia 5 de agosto de 2013, em São Paulo. Com essa expansão, a taxa de desemprego declinou sistematicamente, alcançando seu mínimo histórico em 2011.

Do total das novas vagas criadas, 15 milhões são de assalariados, não incluindo trabalhadores domésticos. Isso mostra um aumento significativo do grau de assalariamento da força de trabalho brasileira. Já a porcentagem dos ocupados que são empregados assalariados, incluindo trabalhadores domésticos, passou de 62% para 69% em uma década.

Setor privado

O crescimento da disponibilidade de oportunidades de trabalho assalariado foi particularmente evidente no setor privado. Em uma década, o número de assalariados cresceu quase 38%, praticamente o dobro da taxa de crescimento do total de postos de trabalho no País. O estudo da SAE mostrou que, em 2011, a porcentagem dos trabalhadores com emprego assalariado formal alcançou praticamente a metade do total de postos de trabalho disponíveis.

Ainda em relação aos assalariados no setor privado, o destaque foi o crescimento mais acelerado entre os que possuem carteira de trabalho assinada. Enquanto, na última década, a disponibilidade total de trabalho cresceu 20%, a de trabalho assalariado formal superou 60%.

Em outras palavras, o aumento na disponibilidade de postos de trabalho assalariados formais foi mais de três vezes maior que a oferta geral de postos de trabalho. Logo, dos 16 milhões novos postos de trabalho criados ao longo da última década, 13 milhões foram empregos assalariados com carteira de trabalho assinada.

Vozes da Nova Classe Média - 4ª edição

O estudo aborda mudança de emprego entre integrantes desse segmento de pessoas com renda familiar entre R$ 1 mil e R$ 5 mil por mês. Segundo o governo, 40% dos trabalhadores trocam de emprego em um ano, percentagem que salta para 80% entre os que ganham até 2 salários mínimos (ou cerca de R$ 1,3 mil) meio no qual a SAE localiza a nova “classe média”. A rotatividade, uma das mais altas do mundo, ainda está aumentando. Os vínculos de trabalho duram pouco, e os postos de trabalho são pouco estáveis, admitiu o ministro interino de Assuntos Estratégicos, Marcelo Néri, um dos inventores” da nova “classe média”.

Ele acrescentou que esse trabalhador rotativo adquire poucos conhecimentos no emprego e recebe poucos investimentos do empregador. São relações fugazes, em que ninguém investe em ninguém (nem trabalhador, nem empregador). Isso gera custos e causa perda de conhecimentos específicos. É um problema crescente perante padrões internacionais”, admitiu Néri.

 

Fontes:

Secretaria de Assuntos Estratégicos



23/08/2013 16:35


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