Número de transplantes de coração aumenta 60%
Aumento de cirurgias é resultado de mais doações autorizadas por familiares de pacientes com morte encefálica
O número de transplantes de coração no Estado de São Paulo cresceu 60% neste ano em comparação com 2007. Segundo o mais recente balanço da Secretaria de Estado da Saúde, foram realizadas 40 cirurgias de janeiro a julho, ante 25 no mesmo período do ano passado.
O resultado é fruto direto do aumento do número de doações autorizadas pelos familiares de pacientes com morte encefálica. Foram registrados 249 doadores de órgãos nos sete primeiros meses deste ano, 20,3% a mais que na comparação com igual período de 2007. No mesmo período, os transplantes de pulmão cresceram 32%, passando de 19 para 25, e o número de transplantes de rim subiu 17%, saltando de 345 para 404.
“Esse aumento é importante porque, no caso do coração e do pulmão, quem precisa de transplante não tem outra opção de tratamento, diferentemente do que ocorre com pacientes renais, que podem fazer hemodiálise, ou daqueles que aguardam por um pâncreas, que podem dispor das aplicações de insulina”, afirma o coordenador da Central de Transplantes da secretaria, Luiz Augusto Pereira.
De janeiro a julho, foram notificados 744 transplantes de órgãos (excluindo-se as córneas, consideradas tecidos). O número é 18,9% superior às 626 cirurgias registradas nos sete meses iniciais de 2007, segundo dados da Central de Transplantes.
Treinamento – A secretaria vem realizando treinamento com médicos de grandes emergências e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Estado para aprimorar a captação de doadores. Desde 2006, cerca 360 profissionais de saúde passaram pelo curso. Até o fim deste ano, outros cem médicos deverão se especializar no trabalho de procura, identificação e notificação de potenciais doadores de órgãos e tecidos.
O objetivo é ampliar o número de transplantes no Estado de São Paulo, diminuindo o tempo de espera a partir do aprimoramento da captação.
Para aqueles que desejam ser doadores, a secretaria orienta que comuniquem essa intenção aos parentes e pessoas próximas. Em caso de óbito, somente os familiares podem autorizar ou não a retirada de órgãos para transplante.
Da Secretaria da Saúde
(M.C.)
08/21/2008
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