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Obras no trecho sul do Rodoanel já avançaram 26%

Seis mil funcionários trabalham em ritmo acelerado nos cinco lotes

O alívio para os motoristas que trafegam pela região metropolitana da capital, que nas duas últimas semanas amargaram sucessivos engarrafamentos recordes, está cada vez mais próximo: as obras do trecho sul do Rodoanel Mário Covas já estão 26% concluídas. Em ritmo acelerado, seis mil funcionários trabalham em cinco lotes do empreendimento. Quando inaugurado, o trecho de 61,4 quilômetros que interliga o sistema Anchieta-Imigrantes ao Rodoanel, vai reduzir 43% do tráfego da Marginal Pinheiros (250 mil veículos por dia a menos) e 37% do tráfego da Avenida dos Bandeirantes (100 mil veículos por dia a menos).

Esses números comprovam que o Rodoanel é uma alternativa para frear os crescentes índices de lentidão no trânsito da capital. “Do ponto de vista do Estado, o fundamental é tirar automóvel e caminhão da cidade. O Rodoanel vai tirar. Hoje, todos os caminhões que vem do interior de São Paulo para o Porto de Santos passam por dentro da região da Grande São Paulo e da cidade de São Paulo. Com o trecho sul, eles vão contornar, haverá ligação direta das estradas do interior com as do litoral”, explica o governador José Serra.

O trecho sul está orçado em R$ 4 bilhões e, apesar de contrapartidas federais, o grosso desse investimento fica a cargo do Estado. Nesta semana, o leilão de concessão do trecho oeste, em operação desde outubro de 2002, garantiu um reforço de caixa considerável. “O vencedor está pagando R$ 2 bilhões para ter a concessão, verba que será investida no trecho sul e ajudará a ampliar o Rodoanel”, anunciou o governador José Serra na terça-feira, 11, após a divulgação do resultado do leilão de concessão, avaliado por ele como “extremamente bem sucedido”. A previsão é de que a obra seja totalmente concluída até o início de 2010. “Vamos pressionar para que esteja tudo em dia”, frisou o governador.

Dois fatores elevaram significativamente os custos da construção do trecho sul do Rodoanel, admitiu o governador. “Primeiro, as desapropriações, caríssimas. Segundo, as compensações ambientais. Está se gastando muito nessa questão, porque esse trecho  passa numa área sensível”, explicou Serra. Segundo ele, o financiamento das obras do trecho sul através da concessão do trecho oeste aponta para a solução estrutural dos problemas. “Não é imediata, mas, se não começar hoje, no ano que vêm os problemas vão continuar sem solução”, afirmou o governador José Serra.

Manoel Schlindwein

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