ORÇAMENTO MOSTRA EM DETALHES TUDO QUE A UNIÃO GASTARÁ EM 2001



São mais de mil páginas, nas quais uma pessoa paciente poderá tomar conhecimento em detalhes de onde vem e para onde vai todo o dinheiro que a União arrecadará e gastará no ano que vem. Mas se o interesse for para os grandes números, um quadro mostra, logo nas primeiras páginas do projeto do Orçamento da União para 2001, que entrarão nos cofres federais exatamente R$ 268,9 bilhões.
Os números dos gastos, no entanto, são mais complicados. São dois tipos de contas: sem o pagamento de juros, haverá uma sobra no caixa do Tesouro de R$ 28,1 bilhões, o chamado superávit primário. Se a pessoa levar em conta o quanto se gastará com juros da dívida pública, a situação muda e o governo passará a ter um déficit de R$ 17,3 bilhões. A diferença terá de ser coberta pela venda de títulos no mercado interno.
No próximo ano, o governo prevê no orçamento um crescimento da economia de 4,5% e inflação de 5,86% (IGP-DI da FGV). O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de tudo o que se produz no país em um ano, baterá todos os recordes e seu valor foi estimado pelo governo em R$ 1,24 trilhão. Graças a este bom momento da economia, a arrecadação de impostos e contribuições crescerá 15%, chegando a R$ 268,9 bilhões. Mas despesas não ficarão por menos e subirão em 2001 14,5%, batendo em R$ 240,8 bilhões.
A arrecadação federal é sustentada por mais de 20 fontes. A principal delas é o imposto de renda, de empresas e pessoas, que renderá R$ 53,8 bilhões, seguido de uma contribuição, a Cofins - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, paga pelas empresas, que levará ao Tesouro R$ 42,9 bilhões. A CPMF dará R$ 13,7 bilhões e a tributação sobre derivados de petróleo R$ 6,5 bilhões. A maior receita federal, no entanto, é a contribuição previdenciária paga por todo empregado e patrão e que irá gerar R$ 62,6 bilhões. Esse dinheiro se destina unicamente à Previdência Social.
Toda essa arrecadação será dividida em milhares de programas, projetos, obras e serviços. Há, no entanto, grandes áreas com gastos que não podem ser mexidos. O pagamento do funcionalismo federal, por exemplo, consumirá R$ 33,4 bilhões, enquanto os inativos ficarão com R$ 26,1 bilhões. As aposentadorias e outros benefícios da Previdência Social carregam a maior fatia - exatos R$ 72,8 bilhões.
O pagamento de juros também entra nos grandes números, com R$ 45,4 bilhões. O valor é líquido, ou seja, estão descontados os juros que a União tem a receber dos estados, municípios e até de títulos parados no Banco Central. De toda a arrecadação, o governo é obrigado ainda a repassar aos fundos de participação dos estados e municípios outros R$ 39,7 bilhões. Os gastos com a área social somarão no próximo ano R$ 42,4 bilhões, um aumento de 28,7% em relação ao orçamento reprogramado de 2000. Já as aplicações em transporte, energia e comunicações ficarão em 5,2 bilhões.

21/09/2000

Agência Senado


Artigos Relacionados


(Flash) - Covas propõe emendas coletivas ao Orçamento da União para 2001

Site do Metrô mostra detalhes do megatatuzão

Balanço do PAC 2 mostra em detalhes investimentos em infraestrutura no Brasil

Estados e municípios podem ser obrigados a fornecer detalhes sobre recursos recebidos da União

Cultura: Mostra traz detalhes da vida do grande educador Paulo Freire

Orçamento: Secretário estadual do Planejamento debate Orçamento do Estado para 2001 na Assembléia Le