Página do Senado na Internet terá linguagem Libras para deficientes auditivos



Na próxima semana entra em funcionamento na página do Senado Federal na Internet, em caráter experimental, uma nova ferramenta denominada Rybenar, que vai possibilitar ao deficiente auditivo o acompanhamento das informações disponíveis por meio da linguagem brasileira de sinais (Libras). Um bonequinho similar ao desenho animado Avatar vai fazer a tradução para a linguagem de sinais de textos selecionados pelo internauta, como informou Vítor Aníbal Soares de Azevedo, integrante da Subcomissão Técnica de Internet da Secretaria Especial de Informática do Senado Federal (Prodasen).

O assunto foi tratado nesta terça-feira (6), durante reunião entre os consultores Andréa Scharwz, deficiente física, e Jaques Haber, do Instituto i-Social, com integrantes da Subcomissão Técnica de Internet do (Prodasen). A reunião ocorreu no auditório da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Os servidores do Prodasen informaram aos consultores, durante a reunião, o que o Senado vem fazendo para facilitar a inclusão social dos portadores de deficiência. A primeira providência da Subcomissão Técnica de Internet do Prodasen nesse sentido foi a construção, a pedido do diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, de uma nova página na Internet, disponibilizada em outubro de 2005, que possibilitou aos deficientes visuais acesso a um software que lhes permite ouvir o conteúdo do texto impresso.

Para o deficiente com dificuldades de manuseio do mouse, também foram feitas adaptações, coma utilização de teclas de atalho.

Andréa Schwarz e Jaques Haber acreditam que há ainda um longo caminho a percorrer para modificar questões culturais ligadas ao desconhecimento da realidade de cada tipo de deficiência e das dificuldades inerentes a cada uma delas, bem como ao convívio social entre o portador da deficiência e o não-portador.

- Prefiro não falar em preconceito; acho que é uma questão de falta de informação e uma questão social - disse Andréa Schwarz, para quem é necessário abordar a inclusão desse ponto de vista.

Para Andréa Schwarz, o aspecto cultural, que envolve a reeducação das pessoas para aceitar o deficiente é bem mais complexo que a implantação da acessibilidade. No entanto, acredita, para viabilizar a acessibilidade é preciso, antes, que as pessoas entendam a necessidade de um convívio civilizado e natural com o portador de deficiência.

06/06/2006

Agência Senado


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