Pantanal terá empréstimo de US$ 82,5 milhões para desenvolvimento sustentável
Na primeira fase, além dos recursos do BID, outros US$ 82,5 milhões serão destinados ao programa pelos governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e os investimentos serão realizados até 2004, de acordo com o que informou o relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Lúdio Coelho (PSDB-MS).
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) ressaltou que o objetivo principal do projeto é garantir a preservação do Pantanal. Ele informou que o valor total do projeto pode chegar a US$ 400 milhões, metade dos quais financiada pelo BID e o restante custeado pelo Tesouro Nacional (R$ 150 milhões) e pelos dois estados (R$ 25 milhões).
- O Pantanal é uma das maiores riquezas da biodiversidade mundial. Nele há pelo menos 260 espécies de peixes e 280 de pássaros. A região é propícia ao desenvolvimento da grande atividade econômica do século que estamos iniciando, que é o ecoturismo - disse.
Ao classificar o programa como a "maior obra ambiental do governo de Fernando Henrique Cardoso", Antero explicou que o assoreamento, o uso de agrotóxicos e a falta de tratamento de esgotos serão os principais problemas a serem enfrentados. Mais que isso, disse, o projeto permite que se desfrute da riqueza que está no Pantanal, por meio do fortalecimento do ecoturismo e pela construção de estradas-parque.
O senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS) disse que seu estado está eufórico com o início da implantação do programa, que irá beneficiar um grande número de cidades vizinhas ao Pantanal. Já o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) ressaltou que o projeto foi elaborado por técnicos internacionais e brasileiros que "se sensibilizaram para a necessidade de promover o desenvolvimento auto-sustentado e racional da região, para que a população tenha uma melhor qualidade de vida".
Apesar de manifestar seu voto favorável ao projeto, o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) entende que projeto deve passar por alterações. Na sua opinião, houve uma inversão nas prioridades, pois diversos municípios que estão às margens do Rio Cuiabá não serão beneficiados na primeira fase. Os senadores Pedro Piva (PSDB-SP), Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO), Marina Silva (PT-AC), Paulo Hartung (PPS-ES) e José Fogaça (PMDB-RS) também manifestaram seu apoio ao projeto.
03/04/2001
Agência Senado
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