Papaléo pede conscientização para males que o desperdício causa ao meio ambiente



O senador Papaléo Paes (PMDB-AP) alertou para os riscos de degradação do meio ambiente com a utilização desenfreada dos recursos naturais e disse ser de suma importância a conscientização para os males do desperdício. A “festança” da sociedade atual, ponderou o senador na tribuna nesta sexta-feira (13), traz como problema maior o lixo produzido, que pode acabar tornando inabitável o planeta Terra.
- O uso racional dos bens a que temos acesso pode servir para minorar as necessidades de outros – defendeu ele. Segundo o senador, a sociedade mundial corrobora a ética do consumo, desperdiçando grande parte daquilo que adquire, não para viver melhor, mas para servir aos interesses de forças econômicas que não levam em conta a condição humana. Ele chamou a atenção dos senadores para o fato de que pesa sobre os ombros dos homens públicos a responsabilidade de legar aos que virão um mundo habitável, com um mínimo de qualidade. A elaboração de normas de proteção ao meio ambiente é uma das ações que estão sendo realizadas, lembrou Papaléo; a produção e o consumo de combustíveis renováveis como o álcool e o biodiesel e o estímulo à participação de desempregados em cooperativas de reciclagem de materiais como papel, plástico, vidro e metal são outras ações que estão em curso. - Se o que vale é produzir cada vez mais para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) como é da essência do capitalismo e da visão econômica atual, o uso racional das riquezas só tende a permitir que mais pessoas possam delas usufruir – argumentou Papaléo. Em seu pronunciamento, o senador citou estudo realizado pelo físico teórico Luigi Sertorio, que no livro História da Abundância, lançado recentemente na Itália, “explica as origens, as causas e os limites da busca excessiva pelo bem-estar que caracteriza a atual civilização”, segundo notícia divulgada pela revista Planeta, em edição de julho deste ano.

O cientista sustenta, disse Papaléo, que a sociedade do consumo e da produtividade acredita que bem-estar significa muita comida no estômago e que a felicidade é conquistada com o acúmulo de dinheiro e de bens materiais. Argumenta também, acrescentou o senador, que, em contraste com as populações pobres e subnutridas, as sociedades ricas estão se tornando gordas e anormalmente obesas.

Estatísticas recentes indicam, informou o parlamentar do Amapá, que cerca de um terço da população norte-americana está acima do peso e que parcela considerável já apresenta obesidade patológica. Também nos países ricos da Europa, disse Papaléo, clínicas para distúrbios psicológicos e os centros de desintoxicação de alcoólatras e usuários de drogas aumentam substancialmente suas clientelas.

- Esses fatos só fazem comprovar que a boa vida, a abundância e o bem-estar excessivo também podem levar à doença e à morte – concluiu Papaléo.



13/08/2004

Agência Senado


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