Passarela USP Leste é liberada para acesso ao campus



Inauguração aconteceu nesta quinta-feira, 4

Os estudantes da USP Leste ganharam o acesso à universidade pela rua Dr. Assis Ribeiro. O secretário Estadual dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, e o presidente da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Álvaro Armond, inauguraram a nova passarela de pedestres da futura Estação USP Leste, na Linha F (Brás - Calmon Viana), na tarde desta quinta-feira, 4.

Antes só era possível chegar ao campus pela Rodovia Airton Senna ou por meio de uma van na Estação Eng° Goulart. A passarela integrará o corpo da nova Estação USP Leste, que está sendo construída pela CPTM e entrará em operação no início de 2008. "Estamos trabalhando firme com a meta de inauguração da estação para o dia 25 de janeiro", revelou o presidente da CPTM, Álvaro Armond, que ressaltou ainda outras unidades em construção previstas para até março do ano que vem: Comendador Ermelino, Jardim Helena, Itaim Paulista e Jardim Romano.

Segundo o secretário Portella, a Linha F, "considerada a pior do sistema", será transformada em um metrô de superfície, com os investimentos de R$ 1,3 bilhão até 2010. "Terça-feira abrimos a licitação para a compra de 20 trens novos para esta linha. Neste ano já reformamos cinco das 15 composições em operação que serão modernizadas até o primeiro trimestre de 2008. Já temos o sexto trem recuperado que voltará a circular neste mês", disse Portella, acrescentando que o objetivo das intervenções é reduzir os intervalos para 5 minutos nos horários de pico.

A sinergia de trabalho entre as diversas instituições visando à melhoria e integração do transporte também foi destacada pelo secretário Portella. "O importante não é ter uma linha isolada, mas fechar uma rede poderosa, com 240 km de Metrô em São Paulo", falou, referindo-se às linhas da CPTM que terão padrão de serviço com características de metrô de superfície.

Na opinião do diretor da USP Leste, Dante De Rose Júnior, a implantação da passarela da CPTM trará uma série de benefícios. "Teremos um ganho não só para os alunos, que perderão menos tempo, mas também administrativo, pois vamos otimizar a utilização dos ônibus (que transportam os alunos da Estação Eng° Goulart até o campus), transferindo-os para um uso mais didático". Segundo De Rose, após a inauguração da nova estação, a estimativa é que cerca de 60% dos 3 mil alunos utilizem a travessia, além dos professores e comunidade que contarão com o equipamento.

Acessibilidade

Construída em estruturas pré-moldadas de concreto, a passarela tem 187 metros lineares de extensão e 3,70m de largura, apoiados sobre 13 pilares e 26 vigas, alcançando sete metros de altura no ponto mais alto, acima das vias férreas. Para vencer este desnível, a CPTM fez uma rampa em forma de "L", no acesso pela Assis Ribeiro, com inclinação de 8,33%, atendendo às normas de acessibilidade da ABNT, a fim de permitir a subida de pessoas em cadeiras de rodas. O restante da passarela, desde a travessia das linhas até a portaria 3, possui uma inclinação bastante suave, quase plana.

Os cerca de 680 m2 de pisos instalados são do tipo "ladrilho hidráulico", na cor cinza, que possui ranhuras para facilitar o escoamento de água. Toda a estrutura de concreto recebeu um verniz antipichação, para inibir a ação dos vândalos. Os guarda-corpos, na altura de 1,10m do piso, são de aço galvanizado, protegidos contra ferrugem, além de terem sido pintados. A passarela tem dois níveis de corrimãos em aço inox na totalidade de sua extensão - um a 92cm e outro a 72cm de altura, para atender pessoas em cadeiras de rodas, conforme estabelece a norma.

A iluminação está garantida por 12 postes metálicos de luminárias, a 4 metros de altura. Visando facilitar o acesso de pessoas com deficiência visual, foram instalados pisos táteis de alerta (nos desníveis) e direcionais ao longo da edificação para condução do usuário até a estação.

Nova Linha F

As obras fazem parte da recuperação e modernização da Linha F, onde serão investidos R$ 1,3 bilhão até 2010, visando melhorar os padrões de confiabilidade, acessibilidade, conforto e segurança do sistema. A CPTM também promove melhorias nas áreas de telecomunicações, energia, sinalização e via permanente, a fim de reduzir os intervalos de 9 para 6 minutos, nos horários de pico. Os 15 trens que operam na Linha serão completamente modernizados. Desses, cinco já foram entregues e circulam normalmente.

Da CPTM

(I.P.)



10/04/2007


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