Patriota diz que relação Brasil-Argentina não pode ser afetada por divergências comerciais



O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quinta-feira (10) que as divergências comerciais entre o Brasil e a Argentina não devem afetar as relações políticas e diplomáticas. Em audiência pública, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Patriota acrescentou que diferenças nos campos econômico e comercial são comuns entre países que têm relações intensas, como por exemplo, os Estados Unidos e o Canadá. 

O chanceler reiterou que foi acertado com o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Hector Timerman, que nos próximos meses ocorrerá uma reunião em Buenos Aires com representantes de várias pastas – Relações Exteriores, Energia, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Não podemos permitir que situações episódicas entre países que têm relações intensas atrapalhem outros campos”, disse Patriota, lembrando que norte-americanos e canadenses com frequência esbarram em divergências comerciais.

Como demonstração da integração dos países das Américas do Sul e Central, Patriota lembrou que recentemente, em sua visita ao Suriname, recebeu o apoio de 14 países que integram a Comunidade do Caribe (Caricom) em favor do pleito brasileiro para ocupar um assento permanente em uma eventual reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

“De forma voluntária, sem que tivesse havido qualquer gestão, 14 países demonstraram apoio à presença do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU”, disse Patriota. O conselho é formado por 15 membros, dos quais apenas cinco têm assentos permanentes. O Brasil defende a ampliação do órgão.

 

Fonte:
Agência Brasil

 

10/05/2012 16:59


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