Paulo Paim diz que prêmios do Festival de Gramado não obedeceram a critérios raciais
O senador Paulo Paim (PT-RS) negou que a premiação de um diretor e de vários atores negros no Festival de Cinema de Gramado tenha obedecido a critérios raciais. Ele lembrou que os premiados são artistas conhecidos e aplaudidos no Brasil, onde conseguiram superar, com talento e sacrifício, muitas barreiras sociais e raciais. Paim considerou infeliz o comentário do presidente do júri do festival, Rubens Ewald Filho, que teria caracterizado a premiação aos artistas negros como uma tentativa de compensá-los por serem negros, num estado como o Rio Grande do Sul, "sempre acusado de desprestigiar o negro”. O senador disse que o rascismo "infelizmente se distribui por igual pelas regiões do país, tanto que o negro não tem vida fácil em nenhum lugar". Por outro lado, acrescentou, a reação de repúdio às afirmações do crítico de cinema mostra que houve um avanço na conscientização da sociedade brasileira, que cada dia mais rejeita todas as formas de discriminação racial. Paim também registrou seus aplausos à ginasta Daiane dos Santos, que competiu e obteve o quinto lugar na ginástica olímpica, em Atenas, o melhor resultado já obtido por uma atleta brasileira nessa modalidade. O senador ressaltou que o espírito olímpico significa integridade, superação, igualdade, humildade, integração e espiritualidade, qualidades que não são encontradas apenas nas Olimpíadas. Há muitos exemplos de pessoas movidas pelo espírito olímpico, observou, embora a sociedade muitas vezes recuse a convivência com os princípios desse espírito superior.
25/08/2004
Agência Senado
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