Pavan discute febre aftosa em Paris



O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado estadual Ivar Pavan, estará em Paris (França) de 27/05 até o próximo dia 31/05. O parlamentar participará juntamente com outros deputados, membros da secretaria estadual da Agricultura e representantes do setor primário rural, da reunião da Organização Internacional de Epizootias (OIE). Durante a reunião serão propostas alterações no Código Zoosanitário Internacional e no Programa Nacional de erradicação da Febre Aftosa. Uma das revisões propostas pela comitiva diz respeito ao sacrifício dos animais sadios para o consumo humano, medida considerada pelo governo Olívio como inadmissível. “Também estaremos lá para mostrar que podemos recuperar o status de zona livre de febre aftosa com vacinação, assim que tivermos debelados os focos existentes. Esta medida vai reanimar a exportação de carnes, melhorando as condições de negócios para o setor”, completou Pavan. O deputado declarou que o Rio Grande do Sul poderia estar indo à OIE em uma condição muito melhor, isso se o Ministério da Agricultura tivesse autorizado a vacinação preventiva do rebanho gaúcho, antes da ocorrência dos focos. “Nossa intenção é de chegar a Paris com todos os animais sacrificados mas para isso é preciso que o governo federal pague as indenizações, cumprindo o que prometeu”, disse o líder do governo. Pavan também comentou a recente declaração do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, sobre a reunião da OIE. Pratini disse que durante o encontro vai falar somente sobre o circuito leste do Brasil. Conforme o protocolo da OIE só é possível intervir na reunião os ministros de cada um dos países representados no encontro. O parlamentar petista afirmou que a comitiva gaúcha terá como missão garantir que o ministro assuma durante a reunião esta demanda do Rio Grande do Sul. “É lamentável esta postura do governo federal que deseja a expansão da febre aftosa no Rio Grande”. Pavan denunciou a falta de seriedade por parte do governo federal na distribuição das vacinas. Conforme o parlamentar, no dia 9 de maio o ministério anunciou - depois de ceder à pressão dos produtores - que todo o rebanho gaúcho seria vacinado. Até o dia 25 de maio não havia vacinas suficientes para cobrir todo o Estado. “O ministro quer o desgaste político do governo Olívio, mesmo que isso custe o decréscimo na economia gaúcha e o emprego de milhões de cidadãos que dependem desta atividade para viver. Pratini de Mortaes precisa lembrar que é ministro do Brasil e não somente do PPB”, criticou o líder do governo. Apesar do protocolo da OIE, a secretaria da Agricultura estabeleceu contato telefônico com o representante da organização para as Américas, Emilio Gimeno, que garantiu que o Rio Grande do Sul terá espaço no encontro para expor suas considerações. O ministro uruguaio Gonzalo Gonzáles, que tambpem vai estar na reunião em Paris, considerou de extrema importância a participação da comitiva gaúcha no encontro, já que os países são vizinhos e atravessam a mesma dificuldade.

05/25/2001


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