Pedro Simon manifesta pesar pela morte dos jornalistas Ruy Mesquita e Roberto Civita



Em pronunciamento nesta segunda-feira (27), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) lamentou o falecimento de Ruy Mesquita, ocorrido no último dia 22, e de Roberto Civita, morto no domingo (26), e disse que os dois jornalistas contribuíram para a construção da história e a consolidação da democracia no Brasil.

Pedro Simon disse que tanto Ruy Mesquita, do jornal O Estado de S. Paulo, como Roberto Civita, criador da revista Veja filho do fundador do grupo Abril, além de fazerem história na imprensa brasileira, foram protagonistas diretos da história recente do país.

- Os editoriais do Estadão e as capas da Veja pautaram a vida política nacional nos últimos tempos - disse o senador, acrescentando que, durante muito tempo, ambos permitiam um aprofundamento da análise dos acontecimentos do país.

Pedro Simon registrou ainda que a entrevista das páginas amarelas de Veja refletem uma diversidade de opiniões, “procurando esclarecer e prestar serviço à sociedade sempre em torno de assuntos da atualidade que movimentam o país”.

O senador afirmou que os dois jornalistas não deixaram de criar o contraditório, e que sem a opinião “sempre contundente” de Ruy Mesquita e Roberto Civita, “a discussão dos problemas nacionais teria sido bem mais pobre”.

- Ruy e Civita, muitas vezes, derrubaram presidentes da República através de entrevistas e editoriais. Derrubaram ministros e anularam procedimentos licitatórios em razão de fraudes – afirmou.

O senador lembrou que as receitas dietéticas, publicadas no Jornal da Tarde, e os poemas de Luis de Camões, divulgados no Estadão, “falavam muito mais alto que a própria notícia e a censura” do regime militar (1964-1985), ao intensificar na população “a aversão pelo que acontecia nos porões da ditadura e consequentemente, aguçar o desejo de mudança”.

Pedro Simon disse ainda que a revista Veja contribuiu para duas vitórias políticas recentes (Lei da Ficha Limpa e o episódio do mensalão). E que Ruy Mesquita e Roberto Civita farão falta no momento atual, em que o governo discute a possibilidade de regulamentação do conteúdo midiático.

Em aparte, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) lembrou que o Estadão enfrentou os duros tempos de arbítrio e censura do regime militar. Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que é preciso ficar atento a todo tipo de ofensa à liberdade de imprensa.



27/05/2013

Agência Senado


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