PERFIL/Missão do frei Sérgio é defender os movimentos sociais do campo
Desenvolvimento = redistribuição de terras Sagrado pela Ordem Franciscana em 1975, frei Sérgio é natural de Não-Me-Toque. Em 1980, começou a participar dos movimentos sociais do campo e a se engajar na luta pela redistribuição de terras. “O Brasil só vai desenvolver a partir do momento que desconcentrar a propriedade da terra”, assegurou. Para ele, o exemplo mais típico da estagnação econômica e do aumento do desemprego no país está nos modelos adotados pelas cidades gaúchas de Bagé e Caxias do Sul. Mesmo com dois séculos de existência, Bagé parou no tempo porque está cercada de latifúndio. Em contrapartida, Caxias, uma cidade mais jovem, é considerada a 2ª em desenvolvimento econômico no Estado, porque cresceu a partir da agricultura familiar.
Círculo virtuoso de crescimento Frei Sérgio assegura que, sem redistribuir a terra no país, não haverá como combater o desemprego. “Um assentamento equivale a uma indústria em qualquer município”, comparou. Neste contexto citou que os assentamentos de Hulha Negra, Pontão e Tupaciretã mudaram o perfil das respectivas regiões, tornando-as mais atrativas economicamente. “Precisamos criar um círculo virtuoso de crescimento”, destacou.
A partir desse pensamento, Frei Sérgio quer assumir em 31 de janeiro de 2003 na Assembléia Legislativa, tendo como eixos de luta para o mandato a reforma agrária, a agricultura familiar e um novo modelo energético. Eleito com votos de 438 municípios, o novo deputado teve votação compacta em 150 localidades concentradas nas regiões Sul, Vale do Rio Pardo, Celeiro, Planalto e Alto Uruguai.
10/15/2002
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