Pesquisa: Dor crônica é problema de saúde pública



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Brasileiros que não procuram tratamentos clínicos revelam um alto índice de dor crônica, semelhante ao de países altamente industrializados. A conclusão é da pesquisadora Cibele de Mattos Pimenta, professora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP). A dor crônica, segundo o padrão de estudos internacionais, é a que persiste por mais de seis meses em um ou mais locais do corpo e pode ser contínua ou recorrente. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo confirma que a dor crônica é um problema de saúde pública. Entre adultos, a dor de cabeça é a mais frequente nas mulheres, a dor pélvica nos mais jovens e a lombar nas pessoas de extratos sócio-econômicos inferiores. A equipe trabalhou em conjunto com pesquisadoras  da Universidade Estadual de Londrina numa pesquisa que abrangeu 1.871 moradores de Londrina (PR). A dor crônica foi encontrada em 28,75% das 915 crianças de 7 a 14 anos, das quais 55,51% disseram que prejudicava a frequência escolar e 63,12% a concentração. Entre os 505 adultos entrevistados, com idade variando de 18 a 60 anos, 61,38% tinham o problema e a maioria não faltava ao trabalho por isso, mas perdia em desempenho. No grupo dos idosos (451 entrevistados, com idade entre 60 e 85 anos), 51,4% tinham dor crônica e 11,5% em mais de um local. Para explicar as causas dos altos níveis de dor crônica, a pesquisadora considera as hipóteses do estilo moderno de vida, como sedentarismo, estresse e maior intolerância à dor. No entanto, segundo ela, é um problema que pode e deve ser prevenido com a melhoria da qualidade dos locais de trabalho, com um bom

07/13/2001


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