Pesquisa: Secretária da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico visita a Fapesp
“São Paulo tem condições excepcionais para dar um grande salto", afirmou Maria Helena Guimarães de Castro
Maria Helena Guimarães de Castro, antes de ser secretária da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, passou por diversos outros cargos públicos e dedicou sua vida acadêmica a pesquisas na área educacional. Por conta disso, ao falar sobre os desafios para o desenvolvimento econômico de São Paulo, ou sobre o universo da ciência, tecnologia e inovação, a educação é uma preocupação sempre presente.
“Se pensarmos na grande agenda para o estado, está claro que o desenvolvimento econômico, a inovação tecnológica e os avanços científicos precisam ser acompanhados também de uma melhoria cada vez maior na educação”, disse Maria Helena à Agência FAPESP.
Para a secretária, que visitou a FAPESP nesta quarta-feira dia 10, o governo estadual vem agindo com base nessa filosofia há alguns anos. “São Paulo tem condições excepcionais para dar um grande salto. Parte dessa base tem a ver com a expansão das faculdades de tecnologia, as Fatecs, feita nos últimos tempos. O número de matrículas nessas instituições aumentou 80% no governo atual”, afirmou Maria Helena, que também é docente do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e foi secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo de 2003 a março de 2006.
Para fortalecer ainda mais o entrelaçamento entre inovação tecnológica, desenvolvimento e educação, a secretária confirmou a realização de um workshop em julho, quando deverá ser apresentado o Plano Diretor do Ensino Superior Paulista.
“Essa é uma estratégia que está sendo feita para o universo dos próximos dez anos. Ela vai abordar aspectos demográficos, financiamento, de recursos humanos, pedagógicos e também de inclusão social”, explicou.
Em termos teóricos, segundo Maria Helena, também é importante que a universidade ajude mais no aprimoramento da educação básica brasileira. “Temos que fazer mais pesquisas em didática. O que é preciso fazer, por exemplo, para ajudar o professor na sala de aula? Temos que passar do diagnóstico para a fase das propostas”, afirmou.
Além do plano diretor específico para o ensino superior, Maria Helena confirmou que São Paulo terá um espécie de plano estratégico que contemplará todos os setores da sociedade, desde as universidades, passando pelas agências de fomento e chegando até a iniciativa privada. “Isso será discutido em um seminário que será realizado, no máximo, em agosto. Com esses dois planos, teremos um conjunto de propo
05/11/2006
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