Petrobras vai investir US$ 1 bilhão em termeletricidade



A Petrobras vai investir US$ 1 bilhão além do previsto, até 2005, para aumentar a oferta de energia termelétrica no país, anunciou nesta terça-feira (dia 19) o presidente da empresa, Henri Philippe Reichstul, em audiência pública na comissão mista que discute a crise energética. A Petrobras planeja participar de 10 das 14 usinas termelétricas previstas para entrar em operação no país até 2005. Como resultado, a oferta de energia para o próximo quadriênio teria um aumento de cerca de 2 mil megawatts.

A oferta excedente de energia provocará um aumento na demanda brasileira de gás natural - de 70 milhões de metros cúbicos para 90 milhões de metros cúbicos por ano. Reichstul disse que, para fazer frente a esta necessidade, a empresa vai acelerar a construção de gasodutos e incrementar a produção nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Além disso, o Brasil vai aumentar a importação de gás natural da Bolívia, passando de 1 milhão para 10 milhões de metros cúbicos por ano.

O relator da comissão, senador Paulo Souto (PFL-BA), levantou um ponto polêmico da participação da Petrobras na geração de energia termelétrica, o de o governo ter determinado que os preços da energia sejam atrelados às variações cambiais e do preço do petróleo. Reichstul explicou que a empresa arcará com o custeio das variações. No entanto, os recursos depositados nesta conta serão corrigidos pelas taxas de mercado, o que deverá, segundo o presidente da companhia, proteger a Petrobras de futuros prejuízos.

Planejamento errado

Também presente à audiência, o secretário Nacional de Energia, Afonso Henrique Moreira dos Santos, admitiu falhas no planejamento do governo para o setor energético. Segundo ele, o trabalho do governo era "definir cenários" que nem sempre puderam ser implementados. Questionamentos ambientais, ou meras decisões empresariais postergaram a construção de usinas previstas pelo planejamento governamental. "O sistema de autorizações para a exploração do setor é muito tênue. Existem fragilidades no modelo nacional que dificultam a expansão energética. Por exemplo, o preço do gás natural, óbices de caráter ambiental e tributário", disse.

19/06/2001

Agência Senado


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